AS ONDAS QUEBRAM EM BERNARD: POR UMA NOVA LEITURA DE ‘THE WAVES’
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v20i39.33359Palavras-chave:
As Ondas, imagem, memória, tempo, Virginia Woolf.Resumo
Ao fechar The Waves (1931) com o monólogo estendido de Bernard após uma narrativa absolutamente fragmentada pelas seis vozes que passam com seu dia simbólico, Virginia Woolf nos abre para uma nova possibilidade de leitura de sua obra prima: a de que toda sua narrativa seja sustentada por essa última seção e sua personagem central. O presente ensaio faz uma leitura de trás para frente do romance de Woolf, do momento do instante (presente) ao momento rememorado (passado), uma leitura em consonância com Bernard enquanto fio condutor da narrativa. Para fazer isso, traçamos um diálogo com o que Woolf cunhou como sua filosofia em Moments of Being (1971), sua teoria sobre os momentos de ser (being) e os de não-ser (non-being), e o tempo do instante que comprime o passado e o futuro em imagens segundo Santo Agostinho em suas Confissões. Bernard parece nos apresentar as ondas que nos vem de nós mesmos, nossas memórias e desejos, num movimento de inevitável quebra que gera o humano.Downloads
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