NOS “LIMITES” DE FERDINAND DE SAUSSURE: COSERIU, WEINREICH, LABOV E HERZOG

Autores

  • Maria Hozanete Alves de Lima UFRN
  • Felipe Morais de Melo IFRN/UFRN

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v21i40.33372

Palavras-chave:

Ferdinand de Saussure. Sistema e homogeneidade. Sincronia e diacronia.

Resumo

Quando se pensa em Ferdinand de Saussure, ao lado da conhecida antonomásia do tipo “Pai da Linguística Moderna”, logo vem à mente as “dicotomias saussureanas”: sincronia-diacronia, língua-fala e sintagma-paradigma.  É possível que essa lembrança se estenda àqueles que jamais leram o Curso de Linguística Geral (CLG). Este trabalho investiga a compreensão de leitores de Saussure sobre ideias pontuais – interligadas às famosas dicotomias –, quais sejam, “mudança”, “sistema” e “homogeneidade”; são leitores especiais, Coseriu (1979) e Weinreich, Labov e Herzog [WLH] (2006). Refletimos sobre ideias desenvolvidas em duas de suas obras: uma relação mais integrativa entre sincronia e diacronia proposta por Coseriu (1979); a integração entre sistema e heterogeneidade pensada por WLH (2006). Procuramos mostrar, contudo, que no próprio CLG (SAUSSURE, 1995) essa relação integrativa já estava posta, malgrado a própria noção de dicotomia e os recortes metodológicos impostos por Saussure para se estudar a língua e colocar a Linguística no seio das ciências tenham favorecido um olhar de não integração entre a noção de “sistema” e “homogeneidade”, por exemplo. Consideremos, para seguirmos as balizas tradicionais da Historiografia Linguística, apenas o Curso de Linguística Geral – como produto de um Saussure canônico, difundido e ortônimo, por menos ortônimo que, a rigor, possa ser considerado o autor de uma obra que encerrou, em seu fazimento, o potencial da apocrifia – deixando, por enquanto, em “silêncio” os manuscritos saussureanos, recentemente vindos a público.

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Biografia do Autor

Maria Hozanete Alves de Lima, UFRN

Graduada em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (1995) e Doutora em Letras e Lingüística pela Universidade Federal de Alagoas (2003). Realizou pós-doutorado no Institut de Textes et Manuscrits Modernes (ITEM-ENS-CNRS/Paris-França) - 2014. Atualmente, é professora do Departamento de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Felipe Morais de Melo, IFRN/UFRN

Licenciado em Letras - Língua Portuguesa, Inglesa e Literaturas (2008) pela Universidade Potiguar (UnP) e em Letras - Língua Portuguesa (2009) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PPgEL) da UFRN na área de Linguística Aplicada (2012) e doutorando pelo mesmo Programa de Pós-Graduação e na referida área de pesquisa, com período sanduíche de 1 ano na Universidad Autónoma de Querétaro (México). Professor efetivo de Língua Portuguesa e Literatura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). Minhas pesquisas têm se voltado especialmente para as questões da linguagem relacionadas à variação e à mudança.

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Publicado

2016-07-01

Como Citar

Lima, M. H. A. de, & Melo, F. M. de. (2016). NOS “LIMITES” DE FERDINAND DE SAUSSURE: COSERIU, WEINREICH, LABOV E HERZOG. Gragoatá, 21(40). https://doi.org/10.22409/gragoata.v21i40.33372

Edição

Seção

Artigos de Linguagem