VARIAÇÃO GEOSSOCIAL DO ITEM LEXICAL ‘RIACHO/CÓRREGO’ NAS CAPITAIS BRASILEIRAS

Autores

  • Abdelhak Razky Universidade Federal do Pará
  • Romário Duarte Sanches Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v21i40.33375

Palavras-chave:

Dialetologia Pluridimensional. Variação lexical

Resumo

Pretende-se, neste trabalho, analisar e cartografar a variação lexical do item riacho/córrego do ponto de vista da dialetologia pluridimensional (THUN, 2000), integrando-o assim ao quadro metodológico da geossociolinguística (RAZKY, 2004; 2013). Os dados analisados aqui, sob a perspectiva geossocial, compõem o banco de conhecimento sobre o português brasileiro do projeto nacional Atlas Linguístico do Brasil – ALiB. A extração de dados lexicais segue um protocolo metodológico homogêneo que caracteriza o corpus do ALiB. Trata-se da pergunta de número 001, do Questionário Semântico-Lexical (QSL). A análise exploratória contempla um número total de 200 informantes, distribuídos pelas 25 capitais brasileiras, tendo por base a seleção dos informantes por estratificação social (idade, sexo e escolaridade), proposta pelo comitê do ALiB (2001). Os resultados apontam para uma variação produtiva em termos diatópicos e diastráticos. O item riacho/córrego apresenta 21 variantes, sendo que as mais recorrentes são riacho, córrego e igarapé. A variante riacho é predominante no nordeste, sudeste (exceto Belo Horizonte) e sul, enquanto córrego predomina no centro-oeste e igarapé no norte do Brasil. A influência social é mais relevante para as variantes lexicais riacho e córrego, que aparecem com mais frequência nas respostas dos informantes da segunda faixa etária, do sexo masculino e do ensino superior.

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Biografia do Autor

Abdelhak Razky, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Língua e Literatura Inglesa - Université Hassan II Casablanca (1986), mestrado em Linguística - Université de Toulouse Le Mirail (1987), doutorado em Linguística - Université de Toulouse Le Mirail (1992) e pós-doutorado - Université de Toulouse Le Mirail (2003). Atualmente é professor associado nível 4 no Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução (LET) da Universidade de Brasília (UnB), pesquisador no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Pará (PPGL-UFPA) e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq - Nível 2. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Sociolinguística, geografia linguística, dialetologia, socioterminologia e ensino aprendizagem de línguas estrangeiras e políticas linguísticas, atuando principalmente nos seguintes temas: sociolinguística, geografia linguística, variação fonética e lexical, socioterminologia, ensino aprendizagem de línguas estrangeiras e tratamento estatístico de dados linguísticos. É diretor científico do projeto Atlas Linguístico do Brasil e líder do grupo de pesquisa Geosociolinguística e socioterminologia.

Romário Duarte Sanches, Universidade Federal do Pará

Doutorando em Linguística pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestrado em Linguística pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Especialização em Estudos Linguísticos e Análise Literária pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Graduação em Licenciatura Plena em Letras/Inglês pelo Instituto de Ensino Superior do Amapá (IESAP). Graduação em Bacharelado e Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). Integrante dos projetos de pesquisa: Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), Geossociolinguística e Socioterminologia (GeoLinTerm) e Atlas Linguístico do Amapá (ALAP). Atua na área de Letras e Linguística, desenvolvendo pesquisas, principalmente, nos campos da Dialetologia, Geolinguística, Sociolinguística e Contato Linguístico.

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Publicado

2016-07-01

Como Citar

Razky, A., & Duarte Sanches, R. (2016). VARIAÇÃO GEOSSOCIAL DO ITEM LEXICAL ‘RIACHO/CÓRREGO’ NAS CAPITAIS BRASILEIRAS. Gragoatá, 21(40). https://doi.org/10.22409/gragoata.v21i40.33375

Edição

Seção

Artigos de Linguagem