Murmúrios da escrita em <i>Jesusalém</i>
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v21i41.33428Palavras-chave:
Mia Couto, romance moçambicano, corpo, femininos, literatura e política.Resumo
O presente artigo é fruto de um capítulo de nossa tese de doutoramento,“Traços do chão, tramas do mundo: representações do político na escrita de Mia Couto e Patrick Chamoiseau” (USP/2014). Propomos analisar as configurações das personagens femininas do romance Jesusalém (2009) e do que percebemos ser a movimentação do discurso engajado do escritor Mia Couto sobre o sujeito feminino. Daí a necessidade de destacarmos a elaboração da personagem Marta que, ao escrever seus cadernos, reinscreve sua intimidade, suas recordações, encontrando no menino Mwanito a atenção de seu primeiro leitor, ansioso por descortinar as primeiras letras do corpo feminino. Para esta leitura, queremos debater a noção de sujeito subalterno marcado por sua posição feminina, elaborada pela crítica indiana Guayatri Spivak (2010); propomos, ainda, destacar tópicos das relações de gênero, no contexto social moçambicano, sugeridos pelas pesquisas da socióloga moçambicana Conceição Osório (2010); potencializar formas autobiográficas, representadas na ficção, como nos ensina Philippe Lejeune (2000) e, assim, estabelecer um diálogo com as vozes femininas murmurantes nas páginas de Novas cartas portuguesas (2010), das poetisas Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa.Downloads
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