Julio Herrera y Reissig: poesia com pedal
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v21i41.33436Palavras-chave:
Julio Herrera y Reissig (1875-1910), diérese silenciada, Modernismo hispano-americano, Música e poesia, ritmo.Resumo
Em notas que escreveu para explicar soluções adotadas na tradução de dois poemas franceses, o poeta uruguaio Julio Herrera y Reissig (1875-1910) defende o uso da “diérese silenciada” e toma-o como ponto de partida para uma ampla exposição de uma nova música do verso, constituída por uma série de recursos capazes de promover, em conjunto, uma nova música para a poesia em língua espanhola. Este artigo propõe que as notas de Herrera y Reissig sobre o tema cumprem uma função tática que vai muito além da discussão técnica e normativa, e podem ser interpretadas como uma preceituação e uma descrição da música da chamada poesia modernista hispano-americana. As notas ensejam a percepção de que o ritmo poético não está plenamente inscrito no texto, como tampouco independe dele: produz-se historicamente em construtos complexos, nos quais interferem diversos membros de uma sempre dinâmica comunidade que inclui poetas, leitores, editores, preceptistas.Downloads
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