'À luz desta fogueira literária': Rui Nunes e outros indivíduos extremos.
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.2018n45a33575Palavras-chave:
sentido, escrever, democracia, dissenso.Resumo
Ao lermos Rui Nunes, deparamo-nos com uma escrita que parece condenar voluntariamente ao fracasso qualquer hipótese de se fazer sentido, ou de o sentido existir sequer. Cruzando a sua escrita com algumas ideias de Jacques Rancière e Elias Canetti, pretende-se apenas isto: pensar o gesto de escrever como um acontecimento liminarmente político e dissensual, uma forma de confrontar a democracia com os seus limites e o seu permanente ser-em-potência. E, em última instância, mesmo excluindo radicalmente a premência de haver sentido, emerge uma inegável evidência: há mais um texto no mundo.
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