Orações causais e estrutura informacional da sentença
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v23i46.33589Palavras-chave:
Orações causais. Estrutura informacional. Adjunção.Resumo
Este trabalho investiga as orações causais do português brasileiro introduzidas por porque. O objetivo principal é mostrar que, para obter-se uma análise adequada dessas orações, é necessário levar em conta a estrutura informacional da sentença. Em geral, assume-se implicitamente que as orações causais próprias com porque são sempre focalizadas, e, por esse motivo, são analisadas como orações subordinadas de predicado. Este artigo mostra que é possível atribuir diferentes estruturas informacionais a essas construções: ou (i) a construção causal é associada a uma única estrutura foco-pressuposição, em que a oração subordinante veicula a pressuposição, e a oração causal, o foco; ou (ii) a construção causal pode ser associada a duas estruturas foco-pressuposição distintas. Argumenta-se que, enquanto a análise como subordinada de predicado se aplica corretamente aos casos descritos em (i), essa análise não é adequada aos casos descritos em (ii). Conclui-se que a oração causal nesses casos deve ser analisada como uma oração subordinada de frase.
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