Quando 'falar' vira ordem: a construção FALAR PARA V. infinitivo em Português, uma explicação cognitiva

Autores

  • Vanda Maria Cardozo de Menezes UFF

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v23i46.33590

Palavras-chave:

Construção FALAR PARA V. infinitivo. Subjetificação. Linguística Cognitiva

Resumo

Neste artigo, focalizamos a construção FALAR PARA V.infinitivo no Português do Brasil (PB), na oralidade e na escrita, em contextos em que emerge sentido manipulativo. O compartilhamento de domínios semântico-gramaticais entre os verbos pedir e falar, tais como a conceptualização de “atividade comunicativa com o uso da palavra” e a possibilidade de complementação com que V. finito e com para V.infinitivo, direcionou-nos para a investigação sobre as similaridades e diferenças que as construções com esses verbosapresentam.Com tal propósito, estabelecemos contraste com o Português Europeu (PE),na mesma sincronia, considerando o pressuposto cognitivista de que diversificações semânticas são resultantes de diferenças de conceptualização. Buscamos, assim, identificar as operações cognitivas envolvidas nos processos de conceptualização que permeiam as escolhas dos falantes, tanto no sentido para a estabilidade quanto para a mudança semântica. As concepções de perspectivação e de subjetificação, tomadas dos estudos desenvolvidos por Traugott (1989), Traugott e Dasher (2002) e Langacker (2008), nortearam a análise dos dados, que aponta a construção FALAR PARA V.infinitivo como um exemplo de processo de mudança semântica no Português do Brasil (PB), na oralidade e na escrita.

 

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DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2018n46a1146

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Biografia do Autor

Vanda Maria Cardozo de Menezes, UFF

Professora Associada da Universidade Federal Fluminense (UFF), com pós-doutorado em Linguística Cognitiva (UCP, 2017), doutorado em Língua Portuguesa (UFRJ, 2001) e mestrado em Letras (UFF, 1990). Mantém, em suas pesquisas, interesse especial por Morfologia, Semântica e Referenciação.

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Publicado

2018-08-30

Como Citar

Menezes, V. M. C. de. (2018). Quando ’falar’ vira ordem: a construção FALAR PARA V. infinitivo em Português, uma explicação cognitiva. Gragoatá, 23(46), 566-583. https://doi.org/10.22409/gragoata.v23i46.33590

Edição

Seção

Artigos de Linguagem