Polissemia nos usos do verbo 'ter': arbitrariedade ou iconicidade? Uma questão de ponto de vista

Autores

  • Cleiliane Sisi Peixoto Instituto Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v23i46.33591

Palavras-chave:

Ter. Polissemia. Iconicidade. Arbitrariedade.

Resumo

Considerando o fenômeno da polissemia nos usos de ter, em que o verbo apresenta estatutos categoriais pleno e auxiliar, esta pesquisa propõe descrever e analisar os usos de ter no Português Brasileiro (PB) sob uma ótica diacrônica. Sob uma perspectiva funcionalista, os usos auxiliares teriam se desenvolvido um do outro, a partir da noção de posse do verbo. A hipótese é que, no PB, esse desenvolvimento não ocorreria; não haveria iconicidade entre ter e as suas funções; ele teria ocorrido num momento anterior ao da implantação do português no Brasil, pois muitos fenômenos linguísticos arbitrários advêm de estruturas icônicas no passado. Assim, esta pesquisa assume um ponto de vista funcionalista, com base nos postulados de Heine et al. (1991), Hopper (1991), entre outros. A pesquisa apoia-se em textos do século XVI ao XX, extraídos do Corpus do Português (disponível em: <www.corpusdoportugues.org.br>). Os usos do verbo são descritos e analisados pelo cruzamento entre o seu estatuto categorial e o seu valor semântico e, em seguida, quantificados. A análise revela usos de ter com estatutos categoriais [+ auxiliar] e [+ pleno] nos textos de todas as sincronias. Um processo de mudança nos usos do verbo não é verificável no PB.

 

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DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2018n46a1109

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Biografia do Autor

Cleiliane Sisi Peixoto, Instituto Federal de Goiás

Professora efetiva de Linguística e Língua Portuguesa no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Câmpus Goiânia. Tem graduação em Licenciatura em Letras pela UFG, Catalão, mestrado em Letras e Linguística pela UFG, Goiânia (2006), e doutorado em Linguística pela UNESP, São José do Rio Preto (2012).

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Publicado

2018-08-30

Como Citar

Peixoto, C. S. (2018). Polissemia nos usos do verbo ’ter’: arbitrariedade ou iconicidade? Uma questão de ponto de vista. Gragoatá, 23(46), 584-608. https://doi.org/10.22409/gragoata.v23i46.33591

Edição

Seção

Artigos de Linguagem