Narrativas da ausência e do poder: o artifício de representação no romance de tese saramaguiano
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v23i47.33602Palavras-chave:
Saramago, capitalismo tardio, sociabilidades, urbanismo, pós-política.Resumo
No “romance de tese” A caverna, Saramago cria um artifício de representação que permite elucidar formas de domínio, cuja análise parte da crítica ao funcionamento do princípio do mercado que, de um lado, confina o Estado e deslegitima formas de sociabilidade já propostas, seja pela fase liberal, seja pela fase organizada do capitalismo tardio e, de outro, desoculta outras sociabilidades subalternizadas pela modernidade. Enfatiza-se como os discursos ético-políticos preenchem as condições comunicativas para um autoentendimento hermenêutico de coletividades, porquanto possibilitam uma autocompreensão autêntica e conduzem para a crítica de um projeto de identidade, em que é necessário o preenchimento de certas condições de uma comunicação não-deformada sistematicamente.
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