Dandis, cínicos e céticos: patologias do decadentismo em Wilde, Huysmans e Houellebecq
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v25iEsp.34149Palavras-chave:
decadentismo, dandismo, leituras.Resumo
O presente ensaio busca apresentar, numa perspectiva comparatista e atualizadora, duas diferentes leituras de temas cruciais ao século XIX, como o dandismo e o decadentismo. Nesse sentido, aproxima, respectivamente, O retrato de Dorian Gray (1890), de Oscar Wilde, e Submissão (2015), de Michel Houellebecq, do romance emblemático À rebours (1884) de Joris-Karl Huysmans. Tanto a obra de Wilde, quanto a de Houellebecq, de maneiras distintas, interpretam tais questões em chaves inusitadas. O primeiro desloca seu refinamento, pelo apetite da crueldade melodramática ao explorar a margem monstruosa de sua época. O segundo desvia-se da melancolia desencantada do seu clima crepuscular, numa deriva satírica e cínica, por reconhecer a convergência entre o decadentismo novecentista e a nossa atualidade distópica e aviltada pelo avanço da desterritorialização do humano.
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