Dandis, cínicos e céticos: patologias do decadentismo em Wilde, Huysmans e Houellebecq

Autores

  • Angela Maria Dias Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v25iEsp.34149

Palavras-chave:

decadentismo, dandismo, leituras.

Resumo

O presente ensaio busca apresentar, numa perspectiva comparatista e atualizadora, duas diferentes leituras de temas cruciais ao século XIX, como o dandismo e o decadentismo. Nesse sentido, aproxima, respectivamente, O retrato de Dorian Gray (1890), de Oscar Wilde, e Submissão (2015), de Michel Houellebecq, do romance emblemático À rebours (1884) de Joris-Karl Huysmans. Tanto a obra de Wilde, quanto a de Houellebecq, de maneiras distintas, interpretam tais questões em chaves inusitadas. O primeiro desloca seu refinamento, pelo apetite da crueldade melodramática ao explorar a margem monstruosa de sua época. O segundo desvia-se da melancolia desencantada do seu clima crepuscular, numa deriva satírica e cínica, por reconhecer a convergência entre o decadentismo novecentista e a nossa atualidade distópica e aviltada pelo avanço da desterritorialização do humano.

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Biografia do Autor

Angela Maria Dias, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Ângela Maria Dias é professora de Literatura Brasileira e Literatura Comparada da UFF, ensaísta, crítica literária e pesquisadora do CNPq, é atualmente professora no Programa de Pós-graduação em Estudos de Literatura na UFF. Publicou recentemente pela 7 Letras: Linhagens performáticas na Literatura Brasileira Contemporânea e Ficção e Travessias: Uma coletânea sobre a obra de Godofredo de Oliveira Neto (coord.)

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Publicado

2020-07-31

Como Citar

Dias, A. M. (2020). Dandis, cínicos e céticos: patologias do decadentismo em Wilde, Huysmans e Houellebecq. Gragoatá, 25(Esp), 455-472. https://doi.org/10.22409/gragoata.v25iEsp.34149