Stéphane Mallarmé e Paul Celan: testemunhos do desastre

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v25i51.38547

Palavras-chave:

Escrita, Desastre, Poesia, Testemunho.

Resumo

Demonstra-se a produtividade da noção de desastre da escrita – na perspectiva de Maurice Blanchot (perda do astro) – para a leitura da poesia de Stéphane Mallarmé e Paul Celan. No início vemos como Mallarmé diferencia radicalmente um texto que informa sobre os acontecimentos cotidianos em velocidade inapreensível (o jornal), e um texto que resiste a assumir uma forma fechada, propondo-se à cadência do olhar e da leitura, constelando os signos – desastrando-os, levando o próprio texto a colidir permanentemente. Ou seja, um texto que se apresenta ele mesmo como desastre (a poesia). Em seguida, parte de um texto de Shoshana Felman para pensar a dimensão testemunhal da poesia de Mallarmé e Celan, indissociáveis da “quebra de um mundo”.

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Biografia do Autor

Marcelo Reis de Mello, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Poeta, editor, tradutor e crítico literário. Doutor em Literatura comparada e mestre em Estudos de Literatura pela Universidade Federal Fluminense. Coordenador da área de Literatura da Coordenadoria de Arte e Oficinas de Criação Artística da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - COART UERJ.

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Publicado

2020-04-27

Como Citar

de Mello, M. R. (2020). Stéphane Mallarmé e Paul Celan: testemunhos do desastre. Gragoatá, 25(51), 112-131. https://doi.org/10.22409/gragoata.v25i51.38547

Edição

Seção

v25n51 - Maurice Blanchot e a literatura em desastre