Escrever o que precede à ruína – desastre e suicídio em Blanchot

Autores

  • Piero Eyben Universidade Nacional de Brasília (UnB)

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v25i51.38870

Palavras-chave:

suicídio, desastre, escrita, Blanchot, hantologie.

Resumo

Partindo da leitura de A escrita do desastre, de Maurice Blanchot, o presente artigo propõe discutir a questão, marginal em sua obra, do suicídio como elemento constitutivo da escrita e da noção de desastre. Uma não dialética se impõe nesse contexto, uma vez que Blanchot trabalha com a ideia de que a morte e o morrer tornam a literatura possível, não excluindo o suicídio que, como tento demonstrar no artigo, trabalha também na heteronomia da passividade. A escrita, portanto, passa a ser compreendida como um pensamento arruinado, uma aproximação não ontológica da responsabilidade, mas assombrada, desde sua origem, por sua hantologie.

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Biografia do Autor

Piero Eyben, Universidade Nacional de Brasília (UnB)

Poeta, Tradutor e Professor Associado 1 de Teoria da Literatura da Universidade de Brasília. Pesquisador com bolsa de Produtividade do CNPq. Professor Visitante na Université Paris Diderot, com bolsa CAPES. É Chercheur-associé ao Collège des Études Juives et de Philosophie Contemporaine – Centre Emmanuel Levinas, na Université Sorbonne. Possui pós-doutorado em Filosofia pela Université Sorbonne. Doutor em Literatura, tem experiência na área de Teoria Literária, Filosofia, Tradução, atuando principalmente nos seguintes temas: desconstrução, experiências limites em estética e ética, pensamento de Jacques Derrida. Coordena o Grupo de Pesquisa “Escritura: linguagem e pensamento”. Foi Coordenador do Programa de Pós-graduação em Literatura (TEL-UnB), entre 2013 e 2015. Dirige a coleção PORVIR na Editora Horizonte. Editor do jornal “O Tranca Rua”.

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Publicado

2020-04-27

Como Citar

Eyben, P. (2020). Escrever o que precede à ruína – desastre e suicídio em Blanchot. Gragoatá, 25(51), 67-87. https://doi.org/10.22409/gragoata.v25i51.38870

Edição

Seção

v25n51 - Maurice Blanchot e a literatura em desastre