Mundos à parte – Museu da Revolução, de Borges Coelho, e a escrita em (e de) um mundo em mudança
DOI:
https://doi.org/10.22409/gragoata.v27i59.54292Palavras-chave:
Literatura-Mundo, Pós-Colonialismo, Mundanidade, Performatividade poético-literária, Democracia ficcionalResumo
Partindo da posição de Said acerca da mundanidade dos textos e das reflexões de Pheng Cheah sobre literatura pós-colonial como literatura-mundo (2016), o seguinte artigo empreenderá uma leitura do romance Museu da Revolução (2021), por João Paulo Borges Coelho. O posicionamento de Borges Coelho no tocante à articulação entre história, política e literatura (enquanto literatura; Rancière), assim como quanto ao propósito propósito da literatura enquanto meio de transformar o "local concreto" sem perder de vista o universal, permitirá explorar de que modo o romance aborda a "desmundialização" causada pela globalização. Ao encenar uma democratização ficcional (Rancière), Museu da Revolução inscreve novos horizontes ético-políticos enquanto "texto que tenta gerar o contexto", incluindo necessariamento aqueles que foram esquecidos pelas narrativas (históricas, políticas, de memória) consensuais e dominantes. Por fim, ao propor um poder transformativo de imaginação, o romance ajudará a destrinçar os modos através dos quais a "performatividade poetico-literária" dos textos (Derrida) poderão inscrever novos horizontes ético-políticos e abrir o mundo (Cheah), particularmente em face do cancelamento do futuro (Berardi) implicado na ideologia neoliberal.
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