Algumas considerações sobre os minimizadores no português brasileiro: contextos (não) afetivos e escalas

Autores

  • Kayron Beviláqua Instituto Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v29i64.60555

Palavras-chave:

Acarretamento decrescente, Minimizadores, Polaridade negativa

Resumo

Este artigo discute algumas propriedades dos minimizadores no Português Brasileiro. Partindo de Ilari (1984), talvez o primeiro e um dos poucos trabalhos sobre polaridade negativa no Português Brasileiro, abordamos a restrição de tais expressões a contextos negativos e apresentamos brevemente o modelo de Chierchia (2013). Também discutimos certos contextos de acarretamento decrescente, inerentes ao licenciamento de minimizadores. Em seguida, investigamos o fenômeno da afetividade, argumentando que, apesar de, a princípio, esse aspecto parecer escapar à abordagem de Chierchia (2013), é possível explicar tais nuances levando em consideração a definição escalar do minimizador. Por fim, indicamos uma possível existência de uma classe de minimizadores de escala não definida lexicalmente, isto é, itens que funcionam como minimizadores, mas que não possuem uma escala definida em sua entrada lexical, como o nem a pau e o nem fodendo.

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Referências

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Publicado

2024-09-10

Como Citar

Beviláqua, K. (2024). Algumas considerações sobre os minimizadores no português brasileiro: contextos (não) afetivos e escalas . Gragoatá, 29(64), e60555. https://doi.org/10.22409/gragoata.v29i64.60555