“Even Crusoe needs a Friday”: os limites dos sentidos da dicotomia “universal/local” nas literaturas africanas
Palabras clave:
universal/1ocal, centro/periferia, (teoria) pós-colonial, cânone, ocidente, "mediações metropolitanas".Resumen
Este ensaio pretende discutir a perversa oposição que muitos críticos - sobretudo da crítica jornalística, mas também da crítica "académica" estabelecem entre local e universal na literatura africana, rotulando como local aquele escritor que traz para a cena literária as urgências da sociedade em que vive. Este pensamento maniqueísta talvez decorra do facto de muita crítica da literatura africana se fazer, ainda, por via de mediações do "centro" que, em rigor, continua a funcionar como "centro metropolitano" e a quem convém a rarefacção (ou desvanecimento) do real histórico e a desconsideração da "identidade nacional". Considerando um equívoco crítico o estabelecimento de qualquer oposição disjuntiva entre o universal e o local, o texto propõe antes uma articulação conjuntiva de efeito dialéctico em que o solapamento do local gera, pela dinâmica da significação simbólica, o universal. Cabe ao crítico literário, cujo exercício é inseparável das suas opções ideológicas, e também como partícipe de uma memória do sistema literário, iluminar os sinais de uma identidade que se quer inscrita na agenda da literatura universal, nas suas segmentais identidades civilizacionais.Descargas
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