A fluidez dos espaços em <i>Fita Verde no Cabelo</i> de Guimarães Rosa

Autores/as

  • Maria José Silva Morais Costa Universidade Federal do Acre
  • Vera Lúcia Magalhães Bambirra Universidade Federal do Acre

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v22i43.33503

Palabras clave:

Fita Verde no Cabelo. Linguagem. Espaço.

Resumen

O artigo investiga o texto Fita Verde no Cabelo, de Guimarães Rosa, e reflete a respeito da constituição do espaço na narrativa enquanto uma construção rica em componentes significativos para a compreensão do processo de amadurecimento da personagem. A apreensão do texto enquanto artefato da língua serve de base para o amadurecimento de outras concepções como a fenomenologia da imaginação, de Gaston Bachelard, e a perspectiva psicanalítica, que iluminam o texto de modo a deixar perceptível o percurso metodológico que se faz, em primeiro lugar, a partir da aldeia como espaço de indefinição que impulsiona e prende para si ao mesmo tempo; em segundo lugar, a reflexão cai sobre o bosque como espaço do sobejo; e, por último, considera-se a casa como espaço de centralidade em que o eu, no embate consigo mesmo e com o espaço, consolida-se pela experiência da morte. Como resultado dessa leitura, verifica-se a passagem de Chapeuzinho Vermelho à Fita Verde no cabelo como a reprodução de um processo de despojamento sofrido pela própria linguagem artística que parte de sua exterioridade, com todas as marcas de um texto preocupado com o dito e que, portanto, pede um leitor completo, inteiro, definido; e segue em busca de outras possibilidades de construção linguística, em busca de um interior da linguagem, de uma palavra que se faz laboratório de si mesma, onde os confrontos são inevitáveis e o leitor abandona qualquer forma de tranquilidade e passa a gozar da incompletude na convivência com a complexidade da leitura contemporânea.

 

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DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2017n43a737.

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Biografía del autor/a

Maria José Silva Morais Costa, Universidade Federal do Acre

Doutorado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2012), possui mestrado em Teoria Literária pela Universidade de Brasília (2006), é especialista em Literatura Brasileira pela PUC-Minas (2004), com graduação em Letras Vernáculas pela Universidade Federal do Acre (1996). Tem experiência docente nos diversos níveis de ensino, pois foi alfabetizadora, lecionou no Ensino Fundamental e no Ensino Médio e serviu na Secretaria de Estado de Educação do Acre como Coordenadora Pedagógica no Ensino Infantil. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Acre e Diretora do Centro de Educação e Letras - Campus Floresta. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria literária, literatura de expressão amazônica, contos, imagens, leitura e texto.

Vera Lúcia Magalhães Bambirra, Universidade Federal do Acre

possui graduação em Letras Vernáculo pela Universidade Federal do Acre (1992) , especialização em Especialização em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Acre (1997) , mestrado em Letras- Linguagem e Identidade pela Universidade Federal do Acre (2008) e doutorado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2012) . Atualmente é Professora do Ensino Superior da Universidade Federal do Acre. Tem experiência na área de Letras , com ênfase em Teoria Literária.

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Publicado

2017-08-30

Cómo citar

Costa, M. J. S. M., & Bambirra, V. L. M. (2017). A fluidez dos espaços em <i>Fita Verde no Cabelo</i> de Guimarães Rosa. Gragoatá, 22(43), 898-910. https://doi.org/10.22409/gragoata.v22i43.33503