Relacionando magia e gênero na Grécia antiga: Circe e Medeia como representações sociais de feiticeiras na Atenas Clássica (século V a.C.)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22409/rh.v5i2.38278

Palabras clave:

Magia, Gênero, Homero, Eurípides, Representações sociais, Análise de Discurso.

Resumen

Utilizando como principais referências documentais a Odisseia, de Homero, e a Medeia, de Eurípides, propomos fazer uma análise das feiticeiras Circe e Medeia sob a ótica do conceito de “representações sociais”, elaborado por Denise Jodelet. Em nossa pesquisa, procuramos traçar um paralelo comparativo entre as feiticeiras e demonstrar a influência de ambas como exemplos negativos que corroboram a construção dos estereótipos e papéis de gênero do período clássico. Circe e Medeia, personagens que envolvem o universo mágico, recebem destaque por representarem os temores da civilização frente ao estigma da magia.  Suas habilidades obscuras, a inversão dos valores femininos e a amargura da mulher abandonada contribuíram para a transformação das figuras míticas em feiticeiras temidas e execráveis.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Stéphanie Barros Madureira, Programa de Pós-Graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História Comparada (PPGHC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Bacharel e Professora Licenciada pela mesma Universidade, integrante do Laboratório de História Antiga (LHIA).

Citas

Documentação escrita:

APOLLONIUS RHODIUS. Argonautica. George W. Mooney. London: Longmans, Green, 1912.

DIODORUS SICULUS. Library of History (Books III-VIII). Translated by OLDFATHER, C.H. Loeb Classical Volumes 303 and 340. Cambridge: Harvard University Press, 1935.

EURÍPIDES. Medeia. Trad. Flávio Ribeiro de Oliveira. São Paulo: Odysseus, 2006.

HESÍODO. Teogonia: A Origem dos Deuses. Tradução J.A.A. Torrano. São Paulo: Iluminuras, 1992.

HOMERO. Odisseia. Trad. Christian Werner. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

OVÍDIO. Metamorfoses. Trad. Manuel Bocage. Porto Alegre: Concreta, 2016.

PINDAR. Olympian Odes. Pythian Odes. Translated by RACE, W. H. Cambridge: Mass, 1997.

SOPHOCLES, The Fragment of Sophocles. Translated by: A. C. Pearson. Cambridge: Cambridge University Press, 1917.

Bibliografia:

ALLAN, W. Euripides Medea, London: Duckworth, 2002.

BARLOW, S. Stereotype and Reversal in Euripides' Medea. Greece & Rome. Cambridge University Press, v. 36, n. 2, 1989, p. 158-171. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/643169 (Acesso em 08/08/2012).

BARLOW, S. The imagery of Euripides: a study in the dramatic use of pictorial language. London: Bristol Classical Press, 1986.

BRACKE, E. Of Métis and Magic: The Conceptual Transformations of Circe and Medea in Ancient Greek Poetry. Tese de doutorado apresentada para obtenção do título de PhD. no Department of Ancient Classics, National University of Ireland, Maynooth, 2009.

CANDIDO, M. R. Medeia, Mito e Magia: a Imagem Através do Tempo. Rio de Janeiro: UERJ/NEA, 2010b.

CANDIDO, M. R. Kerameikos – O Lugar Antropológico dos Praticantes de Magia em Atenas. Rio de Janeiro: UERJ/PPGH/NEA, 2010a.

FIALHO, M. C. A Medeia de Eurípides e o espaço trágico de Corinto. Imprensa da Universidade de Coimbra: Universidad de Valladolid Secretário de Publicaciones e Intercambio Editorial, 2006. Disponível em: http://hdl.handle.net/10316.2/32292 (Acesso em 17/11/2015).

FOLEY, H. (ed.). The Homeric Hymn to Demeter: Translation, Commentary, and Interpretive Essays. Princeton, 1994.

FRANKENFURTER, D. The Social Context of Women’s Erotic Magic in Antiquity. In: KALLERES, D. ; STRATTON, K. Daughters of Hecate: women and magic in the Ancient World. New York: Oxford University Press, 2014, p. 319-339.

JODELET, D. (Org.). Representações Sociais. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001.

MOSSÉ, Cl. A Grécia Arcaica de Homero a Ésquilo. Lisboa: Edições 70, 1984.

OGDEN, D. Medea and Circe. In: Magic, Witchcraft, and Ghosts in the Greek and Roman Worlds. Oxford: Oxford University Press, 2002, p.94-101.

ORLANDI, E. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2010.

PARRY, H. The Ixis: Magic and Imagination in Greek Myth and Poetry, Lanham: Univ Pr of Amer, 1992.

PHILLIPS, O. The Witches’ Thessaly. In: MEYER, M. ; MIRECKI, P. (org) Magic and Ritual in the Ancient World. Boston: Brill, 2002, p. 378-385.

POMEROY,S. Goddesses, Whores, Wives, and Slaves: Women in Classical Antiquity. New York: Schocken Books,1975.

##submission.downloads##

Publicado

2020-05-05