DITADURAS DO CONE SUL: A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA DE RESISTÊNCIA A PARTIR DO ARAGUAIA
DOI:
https://doi.org/10.0000/hoplos.v3i4.38190Resumo
As ditaduras dos países do chamado Cone Sul representaram um período de autoritarismo institucional com restrição das liberdades democráticas e aplicação sistêmica de práticas de tortura na América Latina. Cada país que atravessou o enfrentamento aos regimes ditatoriais produziu suas próprias estratégias e ferramentas na busca pelo restabelecimento democrático. Neste sentido, analisaremos uma das experiências fabricadas em solo brasileiro e que compõe o conjunto de movimentos contrários as ditaduras do Cone Sul. A resistência, em suas mais diversas formas, nasce como elemento fundamental na oposição à Ditadura Civil- Militar Brasileira. Os movimentos, organizações e partidos de esquerda, na perspectiva da luta pelo retorno da democracia no país, trouxeram à tona os debates teóricos e, por conseguinte práticos, a serem utilizados como caminho para superação do regime militar e construção de um governo popular e soberano. Neste contexto, a luta armada surgiu como uma das alternativas de resistência ao estado de exceção estabelecido a partir de 1964 no país e o Partido Comunista do Brasil, através das suas opções teóricas e alinhamento político, atuou a partir da Guerrilha do Araguaia no enfrentamento armado frente ao período de interrupção do ciclo democrático no Brasil.Downloads
Referências
ARROYO, A. Relatório sobre a luta no Araguaia. 1974. Diponível em <http://www.grabois.org.br/cdm> e acessado em 03/07/2019.
BANDEIRA, M. Brasil-Estados Unidos: a rivalidade Emergente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
CONGILIO, C.; IKEDA, J. A Ditadura Militar, expansão do capital e as lutassociais no sudeste paraense. 2014. Disponível em <http://revistas.pucsp.br/index.php/ls/article/view/25693/18327> e acessado em 03/07/2019.
DREIFUSS, R. A. 1964: a conquista do Estado- ação política, poder e golpe de classe. Rio de Janeiro: Vozes, 1981.
ENGELS, F.; KARL, M. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Paz e Terra, 2013.
FIGUEIRA, R. Justiça do Lobo: Padres e posseiros do Araguaia. Petrópolis:Vozes, 1986.
FILHO, R. Guerrilha do Araguaia: A esquerda em armas. Goiânia: Editora da UFG, 1997.
FLORES, P. F. Escola Superior de Guerra, Civis e Militares (1961-1964): Apontamento de Pesquisa. 2016. Disponível em <http://www.encontro2016.ms.anpuh.org/resources/anais/47/1478222741_ARQUIVO_ESCOLASUPERIORDEGUERRA,CIVISEMILITARES(1961-1964)APONTAMENTOSDEPESQUISA[SUBMETIDO].pdf> e acessado em 24/08/2019.
FUNDAÇÃO MAURÍCIO GRABOIS. Lutas que construíram o Brasil. São Paulo: Anita Garibaldi, 2014.
GUEVARA, E. A Guerra de Guerrilhas. Rio de Janeiro: Edições Futuro, 1961.
GORENDER, J. Combate nas trevas. São Paulo: Ática Editora, 1998.
LOSURDO, D. Fuga da História? A Revolução Russa e a Revolução Chinesa vistas de hoje. Rio de Janeiro: Revan, 2004.
LÊNIN, V. I. Imperialismo: Fase Superior do Capitalismo. São Paulo: Global, 1982.
HOBSBAWM, E. Era dos Extremos - O Breve século XX. São Paulo: Companhia das letras, 2008.
LEMOS, R. Contrarevolução e ditadura: elementos para uma periodização do processo político do brasileiro pós-1964. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em <http://www.marxeomarxismo.uff.br/index.php/MM/article/view/40/31> e acessado em 29/06/2019.
MOREIRA, C. S. O Projeto de Nação do Governo João Goulart: o Plano Trienal e as Reformas de Base (1961-1964). Tese (Doutorado em Economia) - Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2011.
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. Em defesa do Partido. 1961. Disponível em <http://www.grabois.org.br/cdm> e acessado em 28/06/2019.
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. Estudo crítico acerca do princípio da violência revolucionária.1983. Disponível em <http://www.grabois.org.br/cdm> e acessado em 28/06/2019.
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. Guerra popular prolongada- o caminho para a luta armada no Brasil. 1969. Disponível em <http://www.grabois.org.br/cdm> e acessado em 28/06/2019.
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL. União dos brasileiros para livrar o país da crise, da ditadura e da ameaça neocolonialista. 1966. Disponível em <http://www.grabois.org.br/cdm> e acessado em 28/06/2019.
POLANYI, K. A Grande Transformação: as origens de nossa época. Rio de Janeiro: Compus, 2000.
REIS, N. F. I. Memória Social e Guerrilha do Araguaia. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2013.
RIDENTI, M. O impacto da crise do socialismo no Partido Comunista do Brasil, 1988-1992. 1994/1995. Disponível em <http://seer.fclar.unesp.br/perspectivas/article/view/1979/1613> e acessado em 29/06/2019.
RUY, J. Março de 1958: a certidão de nascimento do revisionismo. 2010. Disponível em <http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=126368&id_secao=3> e acessado em 02/07/2019.
SECCO, L. Caio Prado Júnior: O sentido da Revolução. São Paulo: Boitempo, 2008.
TOLEDO, C. N. 1964: o Golpe contra as reformas e a democracia. 2004. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010201882004000100002&script=sci_arttex t&tlng=pt> e acessado em 03/07/2019.
TSÉ-TUNG, M. Escritos militares. Goiânia: Libertação, 1981.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
1. PROPOSTA DE POLÍTICA PARA PERIÓDICOS DE ACESSO LIVRE
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Internacional Creative Commons Attribution - Share Alike 4.0 que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).