ECOTERRORISMO E A SECURITIZAÇÃO DO CAPITAL: APLICAÇÃO DO SECURITY FRAMING

Autores

  • Rafael de Morais Lima Escola Superior de Guerra https://orcid.org/0000-0003-4656-8980
  • Felipe Augusto Soares Salgado Escola Superior de Guerra
  • Matheus Moraes Alves Marreiro Escola Superior de Guerra

DOI:

https://doi.org/10.0000/hoplos.v4i6.42795

Resumo

O presente trabalho teve como intuito aplicar o Security Framing para analisar o caso do ecoterrorismo nos Estados Unidos da América. Em 2002, um documento oficial do FBI apontava o ecoterrorismo como a ameaça doméstica número 1 dos EUA. Observou-se, então, um movimento de lobby para tipificar os atos de movimentos ambientais extremistas como ações de terrorismo, contribuindo para o deslocamento do objeto fim da agenda de segurança do FBI - do indivíduo para o capital. A análise elaborada, portanto, construiu um quadro de trabalho e analisou o Framing de ressonância da narrativa do capital (lobby) sobre o governo norte-americano. Percebeu-se que a narrativa do capital encontrou eco nas crenças e valores da audiência, atestando a credibilidade do autor do discurso e a saliência do tema na audiência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rafael de Morais Lima, Escola Superior de Guerra

Rafael de Morais Lima - Mestrando em Segurança Internacional e Defesa na Escola Superior de Guerra e bolsista CAPES Pró-defesa. Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UNB). Email: moraisrlima@gmail.com

Felipe Augusto Soares Salgado, Escola Superior de Guerra

Felipe Augusto Soares Salgado - Mestrando em Segurança Internacional e Defesa pela Escola Superior de Guerra (ESG), pós-graduado em Gestão Ambiental e possui MBA em Economia de Petróleo e Gás pela UFRJ. É graduado em Comunicação Social - Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso). Email: felipesalgado.jornalismo@hotmail.com

Matheus Moraes Alves Marreiro, Escola Superior de Guerra

Matheus Moraes Alves Marreiro - Mestrando em Segurança Internacional e Defesa na Escola Superior de Guerra e bolsista CAPES Pró-defesa. Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Católica de Petrópolis. Email: mathmarreiro@hotmail.com

Referências

AFFONSO, L. B.; MARREIRO, M. M. A. O “Terrorismo Islâmico” sob a ótica do Construtivismo e do Pós-colonialismo. Mural Internacional, Rio de Janeiro: PPGRI -UERJ, v. 10, 2019. Disponível em: <https://doi.org/10.12957/rmi.2019.40106>.

BARKUN, M. Chasing Phantoms: Reality, Imagination, and Homeland Security Since 9/11. [s.l.] The University of North Carolina Press, 2011.

BENFORD, R. D.; SNOW, D. A. Framing Processes and Social Movements: An Overview and Assessment. Annual Review of Sociology, v. 26, n. 1, p. 611–639, 2000.

BERLET, C.; SUNSHINE, S. Rural rage: the roots of right-wing populism in the United States*. Journal of Peasant Studies, v. 46, n. 3, p. 480–513, 2019.

BROWN, A. The Green Scare: How a movement that never killed anyone becomes the FBI’s NO. 1 Domestic Terrorism Threat. 2019. Disponível em: . Acesso em: 2 fev. 2020

BURKE, T.; NILSON, C. ENVIRONMENTAL EXTREMISTS AND THE ECO-TERRORISM MOVEMENT. ACJS Today, 2002. Disponível em: . Acesso em: 2 fev. 2020

BUSH, George Walker. Selected Speeches of President George W. Bush 2001-2008.

BRZEZINSKI, Zbigniew. Second Chance: Three Presidents and the Crisis of American Superpower. Basic Books: A Member of the Perseus Books Group, 2007.

BUZAN, B.; WAEVER, O.; DE WILDE, J. Security: A New Framework For Analysis. [s.l.] Lynne Rienner, 1998.

BUZAN, B. WAEVER, O. Macrosecuritisation and security constellations: Reconsidering scale in securitisation theory. Review of International Studies, v 35. 2009. 253-276

CARVALHO PINTO, V. Exploring the interplay between Framing and Securitization theory: the case of the Arab Spring protests in Bahrain. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 57, n. 1, p. 162–176, 2014.

CENTER, C. L. D. Animal Enterprise Terrorism Act (AETA). Disponível em: . Acesso em: 2 fev. 2020

CRENSHAW, Martha. The causes of terrorism. Comparative Politics, v.13, n.4, p.379-399, 1981.

______. The Psychology of Terrorism: An Agenda for 21st Century. Political Psychology, v.21, n.2, p.405-420, 2000.

ESHELMAN, C. M.; ADVISER, P. The patriot act and civil liberties: a closer look. U.S Army College, 2006.

EUA. 9-11 Commission, Homeland Security, and Intelligence Reform. Disponível em: .

____. The USA PATRIOT Act: Preserving Life and Liberty. Disponível em: . Acesso em: 2 fev. 2020.

____. National Security Strategy. Administration of George W. Bush. Washington, D.C. Press, september 2002.

____. Code of Federal Regulations. Disponível em: < https://www.govinfo.gov/content/pkg/CFR-2001-title28-vol1/pdf/CFR-2001-title28-vol1-sec0-88.pdf>. Acesso em: 16 de mai. 2020.

FBI. Domestic Security/Terrorism Matters. [s.l: s.n.]. Disponível em: . Acesso em: 2 fev. 2020

______. Missions & Priorities - FBI. Disponível em: . Acesso em: 2 fev. 2020. Acesso em: 2 fev. 2020JARBOE, J. The Threat of Ecoterrorism. Disponível em: . Acesso em: 2 fev. 2020.

______. Terrorism 2002-2005. 2005. Disponível em: . Acesso em: 16 de mai. 2020.

______. Terrorism. 2020. Disponível em:< https://www.fbi.gov/investigate/terrorism>. Acesso em: 16 de mai. 2020.

HEATH-KELLY, Charlotte. Post-structuralism and Constructivism. In: JACKSON, Richard. Routledge Handbook of Critical Terrorism Studies, London and New York: Routledge, 2016, p.136-159.

HOFFMAN, Bruce. Inside Terrorism. New York: Columbia University Press, 1998.

JENKINS, Brian. The Study of Terrorism: Definitional Problems. Rand Corporation: The Rand Paper Series, p.1-10, 1980.

LAQUEUR, Walter. A History of Terrorism. New Brunswich, NJ: Transaction Publisher, 2002.

LOADENTHAL, Michael. Eco-Terrorism? Countering Dominant Narratives of Securitisation: a Critical, Quantitative History of the Earth Liberation Front (1996-2009). Perspectives on Terrorism. 2014

MCDONALD, M. Securitization and the construction of security. European Journal of International Relations, v. 14, n. 4, p. 563–587, 2008.

PEOPLES, C.; VAUGHAN-WILLIAMS, N. Critical Security Studies. Abingdon, UK: Routledge, 2000.

RESENDE, Erica. Uma análise da Doutrina Bush após 10 anos do Onze de Setembro. Mural Internacional, v. 3, n.1, p.31-39, 2011

SAINT-PIERRE, Héctor Luis. Fertilidade Heurística da abordagem vitimológica para a análise do terrorismo. In: ZHEBIT, Alexander;

SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Neoterrorismo: Reflexões e Glossário. Rio de Janeiro: Gramma, 2009.

SNOW, D. A. et al. Frame Alignment Processes, Micromobilization, and Movement Participation. American Sociological Review, v. 51, n. 4, p. 464, 1986.

SNOW, D. A. et al. Ideology, Frame Resonance, and Participant Mobilization. In: KLANDERMANS, B.; KRIESI, H.; TARROW, S. (Ed.). International Social Movement Research, Vol. 1: From Structure to Action. Comparing Social Movement Research across Cultures. [s.l: s.n.]p. 197–217.

SNOW, D.; BENFORD, R. Clarifying the Relationship between Framing and Ideology. Social Movements and the Framing Perspective, v. 53, n. 9, p. 1689–1699, 2005.

SPENCER, Alexander. Questioning the Concept of “New Terrorism”. Peace Conflict & Development, v.8, p.1-33, 2006.

WAEVER, O. Securitization and Desecuritization. In: RONNIE LIPSCHUTZ (Ed.). On Security. 1995.

WILLIAMS, M. C. Modernity, identity and security: a comment on the ‘Copenhagen controversy’. Review of International Studies, v. 24, n. 3, p. 435–439, 1998.

WHITTAKER, David. Terrorismo: Um Retrato. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 2005.

Downloads

Publicado

2021-03-06

Como Citar

Lima, R. de M., Salgado, F. A. S., & Marreiro, M. M. A. (2021). ECOTERRORISMO E A SECURITIZAÇÃO DO CAPITAL: APLICAÇÃO DO SECURITY FRAMING. Hoplos - Revista De Estudos Estratégicos E Relações Internacionais, 4(6), 123-142. https://doi.org/10.0000/hoplos.v4i6.42795

Edição

Seção

Artigos