Guerra e amizade: o movimento pendular bala-búzio no curta metragem de José Luiz Sol de Carvalho
DOI:
https://doi.org/10.22409/rmc.v13i3.29361Palavras-chave:
Curta-Metragem, O Búzio, Sol de CarvalhoResumo
Neste artigo, são os desencontros entre o que se vê e o que se entende que se prestam para a escrita sobre o curta-metragem O Búzio do cineasta moçambicano Sol de Carvalho. Como na pintura de Magritte, a bala é desdita como projétil fatídico pela presença do búzio que nos lança numa sorte vindoura. As transfigurações movidas pelo princípio da guerra deslocam o cenário do local e do tempo históricos e o transportam para o comum das experiências humanas. O ininterrupto movimento pendular entre bala e búzio impede fixar imagem e sentido, num presente que não passa, como visar utopias e distopias, num futuro que não acontece.
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