Crise epistemológica e teorias da conspiração: o discurso anti-ciência do canal “Professor Terra Plana”
DOI:
https://doi.org/10.22409/rmc.v13i3.38088Resumo
Este artigo pretende analisar a construção de autoridade científica em vídeos do YouTube de teoristas da conspiração que defendem que a Terra é plana. Analisaremos aqui como a cultura de teorias da conspiração é diretamente ligada ao enfraquecimento das instituições da modernidade. Debateremos o papel das políticas do YouTube como distribuidor deste conteúdo e usaremos o canal brasileiro Professor Terra Plana para exemplificar estas práticas.
Downloads
Referências
AARTS, Kees e VAN DER KOLK, Henk Understanding the Dutch ‘no’. The Euro, The East and the elite. PS: Political Sciences and Politics 39(2): 243-246, 2016
AUPERS, Stef. ‘Trust No One’: Modernization, paranoia and conspiracy culture. European Journal of Communication 27: 22, 2012.
AZARIAS, Wiverson. “Não confie em ninguém”: teorias da conspiração como mitologia política, Alabastro, ano 3, vol 2, n 6, 2015.
BAUDRILLARD, Jean. Simulacra and Simulations. Ann Arbor: Univesrity of Michigan Press, 2000
BECK, Ulrich. Risk Society: Towads a New Modernity. London, Sage, 1992
BOYD-BARRETT, Oliver. Fake News and ‘RussiaGate’ discourses: Propaganda in a post-truth era. Journalism 20(1): 87-91. 2018
DAHLGREN, Peter. Media, Knowledge and Trust: The Deepening Epistemic Crisis of Democracy. Javnost: The Public 25(1-2): 20-27. 2018.
DOVEY, Jon. Freakshow: First Person Media and Factual Television. London. Pluto Press. 2000
GARWOOD, Christine. Flat Earth: The History of an Infamous Idea. Macmillan, 2007.
GILLESPIE, Tarleton. The politics of “plataforms”. New Media & Society, 12(3) – 347-364, 2010
GIDDENS, Anthony. Modernity and Self-Identity: Self and Society in the Late Modern age. Stanford, CA: Stanford Univesity Press. 1992.
HABGOOD-COOTE, Joshua. Stop talking about fake news! Inquiry 62 (9-10): 1033-1065. 2019.
KEELEY, Brian. Of Conspiracy Theories. The Journal of Philosophy. No. 96.P. 109-126. 1999.
KNIGHT, Peter. Conspiracy Culture: From Kennedy to the X-Files. London and New York: Routeledge. 2000.
LASCH, Christopher. The Culture of Narcisism. New York: WW Norton and Company, 1979
MANHEIM, K. Man and Society in an Age of Reconstruction: Studies in Modern Social Structures. London, Kegan Paul, Trench, Trubner and Co. Ltd, 1946 [1935]
LILLEKER, Darren G. Politics in a Post-Truth Era. International Journal of Media and Cultural Politics 14(3): 277-282. 2018.
NICOLAS, Loic. As Teorias da Conspiração Como Espelho Do Século: Entre a Retórica, A Sociologia e a História das Ideias. EID&A – Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, Ilhéus, n: 12. Jul/dez 2016.
PARKS, Lisa. Flexible Microcasting: Gender, generation and television-Internet convergence. L. Spigel and J. Olsson, eds. Television after TV: Essays on a Medium in Transition. Durham: Duke University Press, 133-56. 2004.
SILVA, Sandra. Teorias da conspiração: Sedução e Resistência a partir da Literacia Midiática, 87 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação). Faculdade de Letras da Universidade de Porto, Porto 2010
SOUKUP, Charles. Television viewing as vicarious resistance: The X-Files and conspiracy discourse, Southern Communication Journal, 68:1, 14-26. 2002.
TANDOC Jr, Edson C.; LIM, Zheng Wei & LING, Richard. Defining “Fake News”: A typology of scholarly definitions. Digital Journalism 6(2): 137-153. 2018.
VAN ZOONEN, Liesbet. I-Pistemology: Changing truth claims in popular and political culture. European Journal of Communication 27(1) 56-67. 2012
VAN DJICK, José. The Culture Of Connectivity: A Critical History of Social Media. Oxford University Press, 2013
WOOD, Max. Has the internet been good for conspiracy theorizing? PSYPAG Quaterly, Special Issue: The psychology of conspiracy theories, Issue 88 September 2013.
WEBER, Max. Science as a vocation. In: Gerth HH and Mills CW (eds). From: Max Weber: Essays in Sociology. London, Routeledge, pp 129-156. (1948 (1919).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).