A encenação midiática da política no filme "O Processo"

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/rmc.v14i3.40556

Palavras-chave:

Encenação midiática da política, Golpe Parlamentar, O processo.

Resumo

Analisamos como o filme O processo (2018), dirigido por Maria Augusta Ramos, cria um ponto de vista sobre o impeachment de Dilma Rousseff. Para isso, realizamos a desconstrução da montagem, pontuando três particularidades: a deflagração do impeachment; a defesa político-jurídica; a disputa entre grupos conservadores e progressistas. Tais aspectos são atravessados por um traço em comum: as correlações entre as imagens de diferentes mídias e as imagens do filme, produzindo no documentário a visualidade da imagem dentro da imagem. Assim, enquanto documento de uma época, o longa-metragem revela o transcurso do golpe parlamentar como a encenação midiática da política.

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Biografia do Autor

Márcio Zanetti Negrini, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutor e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Bacharel em Publicidade e Propaganda pela Universidade Franciscana (UFN). Especialista em Marketing Estratégico pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-Sul).  Professor do Curso de Especialização em Cinema da UFN. Tem experiência de pesquisa em comunicação e estudos socioculturais com ênfase em cinema e audiovisual, dedicando-se aos seguintes temas: política, história, memória e cultura popular brasileira; interesses relacionados à estética e crítica das mídias. Possui produção científica publicada no Brasil e no exterior. Integra o Kinepoliticom -  Grupo de Pesquisa em Comunicação, Estética e Política (CNPq). Membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Cinema e Audiovisual (Socine). Colaborou junto à equipe editorial da Revista E-Compós, periódico da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós).

Cristiane Freitas Gutfreind, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Sociologia e Política pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1994), mestrado em Cultures et Comportements Sociaux - Université de Paris 5 (René Descartes, Sorbonne -1996) e doutorado em Sociologie - Université de Paris 5 (René Descartes, Sorbonne - 2001). Atualmente é professora titular da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e coordenadora do PPGCom. É bolsista produtividade do CNPq. Foi membro da comissão coordenadora do PPGCom, coordenadora do departamento de Ciências da Comunicação e coordenadora da Comissão Científica da Famecos. Foi editora da Revista Famecos e da Revista E-Compós. Foi vice-presidente da Compós (2015-2017). Membro da AFECCAV (Association Française des Enseignants et des Chercheurs en Cinéma et Audiovisuel). É líder o grupo de pesquisa Cinema e Audiovisual: comunicação, estética e política (Kinepoliticom) e participa de outros grupos de pesquisa de áreas afins no CNPq. Tem experiência na área de Sociologia e Comunicação, com ênfase em Cinema, atuando principalmente nos seguintes temas: teorias do cinema e da imagem, estética, história e filosofia da comunicação. Possuí produção científica em português, francês, inglês e espanhol.

Helena Maria Antonine Stigger, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Atualmente é professora da Faculdade de Comunicação e do Curso Superior de Tecnologia em Produção Audiovisual da PUCRS. Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do RS (2011). Realizou doutorado sanduíche na Université René Descartes - Paris V (Paris-Sorbonne) (FRA)

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Publicado

2020-09-05

Como Citar

Zanetti Negrini, M., Freitas Gutfreind, C., & Antonine Stigger, H. M. (2020). A encenação midiática da política no filme "O Processo". Mídia E Cotidiano, 14(3), 182-198. https://doi.org/10.22409/rmc.v14i3.40556