Meios de Comunicação, Alienação e Extensão: A inocência no uso dos novos meios de comunicação.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/rmc.v16i1.51680

Palavras-chave:

Meios de Comunicação, Alienação, Extensão

Resumo

Paradoxalmente, os meios são vistos como elementos que geram, tanto emancipação, como alienação. A crítica à alienação, é comumente observada no discurso da Escola de Frankfurt, enquanto a visão de emancipação, na Teoria dos Meios. Analisando essa questão de maneira dialética, pretende-se confrontar a visão funcionalista da Teoria dos Meios de McLuhan, com a visão crítica da Escola de Frankfurt de Adorno e Horkheimer, para buscar uma síntese que demonstre como validas as duas ideias, e que os meios produzem tanto alienação, como emancipação. Para desenvolver essa questão, será observado como no início de qualquer revolução dos meios, a inocência dos usuários costuma facilitar o surgimento de figuras políticas com discursos fundamentalistas: foi assim com os meios de comunicação de massa e o Nazismo, tem sido assim com os meios digitais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Patricio Dugnani, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Doutor em Comunicação e Semiótica PUC/SP, Mestre em Comunicação e Semiótica PUC/SP e Bacharel em Artes Plásticas pela Unesp. Professor nas áreas de Comunicação e Artes da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professor de Artes do Colégio Giordano Bruno. Pesquisador do Grupo de pesquisa Observatório da Imagem e pesquisador no grupo de pesquisa (CNPQ) Linguagem, sociedade e identidade: estudos sobre a mídia, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Signatura rerum. São Paulo: Boitempo, 2019.

ADORNO, T. e HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 2019.

ADORNO, T. e HORKHEIMER, M. Indústria Cultural: O Iluminismo como mistificação das Massas. (in) LIMA, L. C. Teorias da Cultura de Massa. São Paulo: Paz & Terra, 2000.

ARENDT, H. Algumas Questões de Filosofia Moral. In: Arendt, H. Responsabilidade e julgamento. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

BAITELLO, N. (A massa sem corpo), (o corpo sem massa), (a massa sem massa), (o corpo sem corpo. As redes sociais como ambientes de ausência (e fundamentalismos). (in). LOPES, M. I. V. de, e, KUNSCH, Margarida Maria Krohling (org.). Comunicação, cultura e mídias sociais. São Paulo: ECA-USP, 2015.

BARTHES, R. Mitologias. Rio de Janeiro: Bertrand. 1999.

BAUMAN, Z. Retrotopia. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.

CÁDIMA, R. A rede na estratégia da aranha: “pós-verdade”, política e regressão. Observatorio. 2018. Disponível em: http://obs.obercom.pt/index.php/obs/article/view/1294.

CARVALHO, D. Tem alguns idiotas que até hoje ficam em casa, diz Bolsonaro sobre isolamento na pandemia. Folha de São Paulo.17.mai.2021 às 10h51Atualizado: 17.mai.2021 às 11h33. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/05/tem-alguns-idiotas-que-ate-hoje-ficam-em-casa-diz-bolsonaro-sobre-isolamento-na-pandemia.shtml

D'ANCONA, M. Fake News: A nova guerra contra os fatos em tempos de fake News. São Paulo: Faro Editorial, 2018.

DUGNANI, P. Globalização e desglobalização: outro dilema da Pós-Modernidade. Revista Famecos, Porto Alegre, v. 25, n. 2, p. 1-14, maio, junho, julho e agosto de 2018: ID27918. DOI: http://dx.doi.org/10.15448/1980-3729.2018.2.27918.

FOUCAULT, M. As Palavras e as Coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

GAZETA. 434 mil mortes "Alguns idiotas até hoje ficam em casa", diz Bolsonaro sobre isolamento. (17/05/2021). DISPONÍVEL EM: https://www.agazeta.com.br/brasil/alguns-idiotas-ate-hoje-ficam-em-casa-diz-bolsonaro-sobre-isolamento-0521.

MATTELART, A. e MATTELART M. História das Teorias da Comunicação. São Paulo: Loyola, 1999.

MCLUHAN, M. Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem. Cultrix: São Paulo, 2016.

MIRANDA, C. A. C. A arte de curar nos tempos da colônia: limites e espaços da cura. Recife : Ed. Universitária da UFPE, 2017.

MURDOCK, G. Refeudalização revisitada: a destruição da democracia deliberativa. Matrizes, São Paulo, V.12 – Nº 2 maio/ago, p. 13-31. 2018. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/matrizes/issue/view/10795. Acesso em: 14/09/2018.

PRIOR, H. Mentira e política na era da pós-verdade: fake news, desinformação e factos alternativos. (2019). In P. Lopes & B. Reis (eds.), Comunicação Digital: media, práticas e consumos (pp. 75-97). Lisboa: NIP-C@M & UAL. Disponível em http://hdl.handle.net/11144/3976. https://doi. org/10.26619/978-989-8191-87-8.4. Acesso em janeiro de 2021.

REGO, A. R. Vigilância, controle e atenção: a desinformação como estratégia. Organicom – ano 17 • número 34 • setembro / dezembro 2020. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/349987911_Vigilancia_controle_e_atencao_a_desinformacao_como_estrategia.

ROSA. H. Aceleração A transformação das estruturas temporais na Modernidade. São Paulo: Unesp, 2019.

Downloads

Publicado

2022-01-19 — Atualizado em 2022-01-27

Versões

Como Citar

Dugnani, P. (2022). Meios de Comunicação, Alienação e Extensão: A inocência no uso dos novos meios de comunicação. Mídia E Cotidiano, 16(1), 268-282. https://doi.org/10.22409/rmc.v16i1.51680 (Original work published 19º de janeiro de 2022)