O gigante que acorda e vai às ruas: a produção simbólica, estética e insurgente das Jornadas de Junho
DOI:
https://doi.org/10.22409/rmc.v16i3.52938Palavras-chave:
Mobilização social, Insurgência, Estética, Protesto, EspaçoResumo
As Jornadas de Junho de 2013 no Brasil se desenvolveram como uma mobilização social em rede complexificada por dinâmicas socioespaciais, políticas e midiáticas. Ressalta-se ainda a produção de imagens, expressões e palavras de ordem que desenvolveram sentidos estéticos para a insurgência que ocupava as ruas, ativando territorialmente o país. Desse modo, propõe-se aqui concentrar o olhar sobre estes aspectos, refletindo a produção simbólica e estética insurgente nas Jornadas de Junho de 2013, considerando as palavras de ordem "vem pra rua" e "o gigante acordou". Inicialmente, discute-se a relação entre as práticas insurgentes e a produção estética com o suporte de Rancière. A seguir, analisa-se a produção simbólica de junho de 2013, evidenciando as duas expressões que aqui se propôs examinar. Por fim, debate-se as relações entre estética e ação coletiva na mobilização social. A variedade de pautas. a multiplicidade de atores e a multiescalaridade das territorialidades de insurgência produziram desenhos estéticos multivetoriais, catalisados pela performance corpográfica da mobilização híbrida, entre agências e potências on e off-line. Produziu-se uma partilha estética coadunada ao caráter multitudinário volátil do evento-fenômeno de junho de 2013.
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