COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E TERRITÓRIO NO METRÔ DE SÃO PAULO
DOI:
https://doi.org/10.22409/ppgmc.v12i1.9866Palavras-chave:
Processos comunicativos, Tecnologia, Território, Metrô (São Paulo), EtnografiaResumo
Os circuitos comunicacionais de um metrô são conjuntos híbridos de interfaces maquínicas e humanas, constituindo um ambiente midiático onde mensagens, imagens, agentes e passageiros circulam. Tenho explorado, em pesquisa etnográfica, como esses circuitos se reconfiguram com a automatização integral da condução (trens sem piloto humano) no cotidiano das viagens na Linha 4 do metrô de São Paulo (a primeira linha totalmente automática da América Latina) e nas ressonâncias produzidas na rede. Neste texto examino os desdobramentos dessa reconfiguração no longo corredor de transferência entre as Linhas 2 e 4, lugar sensível superpovoado de artefatos técnicos e de passageiros. Exploro como, no contexto das dinâmicas da transferência nesse local, se constroem formas de comunicação e de território e como são atualizadas as propriedade de rede do metrô.
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