Do slasher ao found footage: as transformações do ponto de vista no cinema de horror

Autores

  • Ana Maria Acker

DOI:

https://doi.org/10.22409/ppgmc.v12i2.10056

Palavras-chave:

Cinema. Horror. Narrativa. Comunicação.

Resumo

O artigo discute as origens da câmera subjetiva diegética no cinema de horror found footage a partir do pressuposto de que tal estratégia narrativa possui relações com a câmera subjetiva do slasher, subgênero que gerou polêmica nas décadas de 1970 e 1980. O texto problematiza o uso da câmera subjetiva e a transformação em diegética nos anos 2000, tendo como foco as características de nossos modos de olhar nas produções de horror contemporâneas. Pontuamos algumas mudanças no consumo do filme de horror após a metade do século passado e as relacionamos com as análises de sequências de quatro produções: As Fitas de Poughkeepsie (2007), direção de John Erick Dowdle; [Rec] (2007), [Rec] 2 – possuídos (2009), ambos realizados por Jaume Balagueró e Paco Plaza; e um episódio de V/H/S/2 (2013), filme de Simon Barrett, Adam Wingard, Eduardo Sanchez, Gregg Hale, Timo Tjahjanto, Gareth Huw Evans e Jason Eisener.

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Publicado

2018-08-31

Como Citar

Acker, A. M. (2018). Do slasher ao found footage: as transformações do ponto de vista no cinema de horror. Mídia E Cotidiano, 12(2), 97-124. https://doi.org/10.22409/ppgmc.v12i2.10056