Uma análise de Chamas no Cafezal, da Multifilmes: Otimismo reiterado e protagonismo feminino

Autores

  • Laura Loguercio Canepa Universidade Anhembi Morumbi
  • Leandro Cesar Caraça Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.22409/ppgmc.v10i10.9801

Palavras-chave:

1. Cinema. 2. Brasil. 3. São Paulo. 4. Multifilmes S.A. 5. Chamas no Cafezal.

Resumo

Este trabalho propõe uma breve análise de Chamas no Cafezal (José Carlos Burle, 1954), buscando observar neste longa-metragem paulista características que podem ser consideradas recorrentes nos filmes da Multifilmes S.A., companhia em que foi produzido. Observando as semelhanças da obra com outras do mesmo período, mas também apontando algumas de suas especificidades, a análise quer vislumbrar aspectos de certo projeto criativo da Multifilmes, liderado pelo então diretor geral de produção da empresa, o cineasta italiano Mario Civelli. Tais aspectos incluem as produções ligeiras e baratas ligadas a gêneros narrativos consagrados, e também a preferência por narrativas otimistas e por personagens que são apresentadas como figuras predestinadas ao sucesso. No caso aqui examinado, trata-se de analisar o único dos oito filmes da Multifilmes a trazer uma protagonista do sexo feminino.

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Biografia do Autor

Laura Loguercio Canepa, Universidade Anhembi Morumbi

Docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi

Leandro Cesar Caraça, Unicamp

Mestrando do PPG em Multimeios da Unicamp, SP

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[AUTOR. ]

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Publicado

2016-12-23

Como Citar

Canepa, L. L., & Caraça, L. C. (2016). Uma análise de Chamas no Cafezal, da Multifilmes: Otimismo reiterado e protagonismo feminino. Mídia E Cotidiano, 10(10), 174-191. https://doi.org/10.22409/ppgmc.v10i10.9801

Edição

Seção

Artigos Seção Livre