“VOTES FOR WOMEN”?
O RACISMO COMO POLÍTICA DE EXCLUSÃO DAS MULHERES NEGRAS NA LUTA SUFRAGISTA NOS ESTADOS UNIDOS
Palavras-chave:
Negras, Mulheres, Direitos, Racismo, Segregação, VotoResumo
Durante a segunda metade do século XIX, o movimento abolicionista conquistou inúmeros adeptos, em especial, mulheres que perceberam na luta pela emancipação negra, a necessidade de lutar por si próprias. Deste modo, surgiu o movimento feminista no país. Ao longo do tempo, o movimento das mulheres estadunidenses entendeu que o sufrágio era fundamental para a conquista de suas demandas. E foi na luta sufragista que revelou o seu racismo como estratégia política para manutenção da supremacia branca e da segregação racial vigente como política social no Estado. Este presente artigo tem por propósito de compreender o direito ao voto como instrumento político e tensão entre mulheres e negros pela aquisição de maior liberdade, privilégios e prestígio social nos Estados Unidos da América. Para isso, será retomado o conceito de cidadania de Thomas Marshall para apreender a disputa entre tais grupos. No primeiro momento, o trabalho elucidará o movimento feminista e depois abordará o racismo instituído no movimento. A hipótese defendida aqui é que o sufrágio feminino reafirmou a supremacia branca dominante, marginalizando as mulheres negras. Ao final do artigo, identifica as causas que levaram as mulheres negras articularem entre si um movimento que considerasse a sua dupla opressão mulher e negra com o advento do feminismo negro.
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