A ética corporativa e o cenário competitivo: uma análise dos dilemas éticos nas relações de trabalho contemporâneas a partir do filme "O Corte" (Le Couperet)
DOI:
https://doi.org/10.12712/rpca.v6i3.11105Abstract
O fenômeno global contribuiu para a exclusão das fronteiras entre países e economias, impactando fortemente a sociedade contemporânea. Observa-se o surgimento de uma nova lógica para condução das atividades empresariais, que proporciona a formação de um ambiente altamente competitivo, onde se impõem novos modelos de relações de trabalho e dilemas éticos. Dessa forma, o presente artigo tem por objetivo analisar as mudanças nas relações de trabalho e os dilemas éticos impostos às organizações e aos profissionais que atuam numa sociedade global. A metodologia utilizada partiu da premissa de que as produções cinematográficas são reflexos de expressões culturais e abordam questões que contribuem para a análise de fenômenos reais. Ao estreitar as relações entre cinema e sociedade, os filmes exprimem o reflexo das crenças e valores dominantes na cultura. A seleção do filme francês O Corte (Le Couperet), como objeto de análise, na medida em que oferece uma visão oportuna sobre o mundo do trabalho e suas transformações nas modernas corporações. O filme parece sinalizar, assim, para os riscos apontados por autores como Ransome (1999) sobre o efeito corrosivo desses novos arranjos na crença do trabalho como fonte de realização das expectativas materiais e psicológicas dos indivíduos. O artigo aponta a discussão da ética corporativa como um instrumento útil aos membros da organização, visando reeducar os indivíduos para fazer com que os efeitos de um ambiente de alta competitividade sejam mitigados e, assim, buscar o equilíbrio entre a cooperação e a assertividade, respeitando os limites sociais e morais.
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