A cidade sob a ótica de quem vive na escuridão
DOI:
https://doi.org/10.12712/rpca.v7i3.11142Abstract
Este artigo apresenta um estudo sobre a percepção dos deficientes visuais sobre as condições de acessibilidade na cidade de Manaus. O direito a acessibilidade é assegurado pela Constituição da República Federativa do Brasil e é regulamentado por um grande aparato de Leis Federais, Estaduais e Municipais. Uma pessoa que nasceu sem a visão ou que a perdeu no decorrer de sua vida utiliza os demais sentidos: olfação, audição e tato para se inteirar com o mundo, sendo o tato, o principal deles. Uma vez bem desenvolvido, o deficiente visual pode perfeitamente identificar formas, pessoas, objetos e realizar as mais diversas atividades tanto domésticas quanto profissionais. A estratégia de pesquisa utilizada foi à pesquisa qualitativa, de cunho descritivo, baseada em entrevistas semi-estruturadas, realizadas junto a seis deficientes visuais residentes na cidade de Manaus. O conteúdo das entrevistas foi tratado por meio da análise do conteúdo. Os dados coletados foram analisados e o conteúdo permitiu expressar os fenômenos estudados e a relação entre o que a Legislação Brasileira prevê e o que de fato é cumprido. Foi possível evidenciar que as condições de acessibilidade para as pessoas com deficiências visuais em espaços públicos e privados não atende os requisitos previstos em lei.
Palavras-Chaves: Cidades. Acessibilidade. Deficientes Visuais.
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