Trabalho remoto na Pandemia da Covid-19 e conflito trabalho-família para mulheres
##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:
https://doi.org/10.12712/rpca.v18i3.60479Résumé
Este artigo buscou compreender a influência da adoção do trabalho em home office na relação conflito trabalho-família de mulheres casadas que trabalharam dessa forma após o advento da pandemia da COVID-19. Foram realizadas entrevistas em profundidade com quinze profissionais atuantes em diversos segmentos econômicos. Ao retratar as circunstâncias vividas por essas mulheres no contexto da pandemia, os resultados indicaram que grande parte das entrevistadas continua assumindo a maior carga do trabalho doméstico e de cuidados e que a adoção do trabalho remoto trouxe impactos variáveis para o conflito trabalho-família dessas mulheres, a depender de suas situações familiares e profissionais.
##plugins.generic.usageStats.downloads##
Références
Aguiar, S. F. B. de, Oliveira, F. B. de, Hryniewicz, L. G. C., & Sant'Anna, A. de S. (2022). O teletrabalho e as mulheres: percepções da conciliação da vida profissional e familiar. Cadernos EBAPE.BR, 20(6), 836–850. https://doi.org/10.1590/1679-395120210244
Azar, S., Khan, A., & Van Eerde, W. (2018). Modelling linkages between flexible work arrangements’ use and organizational outcomes. Journal of Business Research, 91, 134–143. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2018.06.004
Bandeira, E. L., Ferreira, V. C., & Cabral, A. C. de A. (2019). Conflito trabalho-família: a produção científica internacional e a agenda de pesquisa nacional. REAd. Revista Eletrônica de Administração, 25(1), 49–82. https://doi.org/10.1590/1413-2311.232.87660
Beutell, N., & O'Hare, M. (2018). Work schedule and work schedule control fit: Work-family conflict, work-family synergy, gender, and satisfaction. SSRN Journal. https://doi.org/10.2139/ssrn.3105671
Carlson, D. L. R., Petts, J., & Pepin, J. R. (2020). Men and women agree: During the COVID-19 pandemic men are doing more at home: they differ over how much, but in most households the division of housework and childcare has become more equal. Council on Contemporary Families. https://contemporaryfamilies.org/covid-couples-divisionof-labor/
Casper, W. J., Vaziri, H., Wayne, J. H., DeHauw, S., & Greenhaus, J. (2018). The jingle-jangle of work–nonwork balance: A comprehensive and meta-analytic review of its meaning and measurement. Journal of Applied Psychology, 103(2), 182–214. https://doi.org/10.1037/apl0000259
Cavazotte, F. de S. C. N., Lemos, A. H. da C., & Brollo, M. da S. (2014). Trabalhando melhor ou trabalhando mais?: Um estudo sobre usuários de smartphones corporativos. Organizações & Sociedade, 21(68), 769–787. https://doi.org/10.1590/s1984-92302014000100002
Delphy, C. (2015). O inimigo principal: a economia política do patriarcado. Revista Brasileira de Ciência Política, 17, 99–119. https://doi.org/10.1590/0103-335220151704
Dunatchik, A., Gerson, K., Glass, J., Jacobs, J. A., & Stritzel, H. (2021). Gender, parenting, and the rise of remote work during the pandemic: Implications for domestic inequality in the United States. Gender Society, 35(2), 089124322110013. https://doi.org/10.1177/08912432211001301
Federici, S. (2019). O ponto zero da revolução: Trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. Editora Elefante.
Federici, S. (2021). O patriarcado do salário. São Paulo: Boitempo.
Feijó, M. R., et al. (2017). Conflito trabalho-família: um estudo sobre a temática no âmbito brasileiro. Pensando Famílias, 21(1), 105–119.
Filardi, F., Castro, R. M. P. D., & Zanini, M. T. F. (2020). Vantagens e desvantagens do teletrabalho na administração pública: análise das experiências do Serpro e da Receita Federal. Cadernos EBAPE.BR, 18(1), 28–46. https://doi.org/10.1590/1679-395174605
Góes, G. S., Martins, F. S. dos, & Nascimento, J. A. S. (2022). O Teletrabalho Potencial no Brasil Revisitado: uma visão espacial. Carta de Conjuntura, 55. IPEA 220526_nota_20_teletrabalho_no_brasil_final.pdf (ipea.gov.br)
Greenhaus, J. H., & Beutell, N. J. (1985). Sources of conflict between work and family roles. The Academy of Management Review, 10(1), 76–88. https://doi.org/10.2307/258214
Greenhaus, J. H., & Powell, G. N. (2006). When work and family are allies: A theory of work-family enrichment. Academy of Management Review, 31(1), 72–92.
Hirata, H. (2018). Gênero, patriarcado, trabalho e classe. Revista Trabalho Necessário, 16(29). https://doi.org/10.22409/tn.16i29.p4552
Hirata, H., & Kergoat, D. (2007). Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cadernos de Pesquisa, 37(132), 595–609. https://doi.org/10.1590/s0100-15742007000300005
Hu, J., Chiang, J. T., Liu, Y., Wang, Z., & Gao, Y. (2023). Double challenges: How working from home affects dual-earner couples' work-family experiences. Personnel Psychology, 76(1), 141–179. https://doi.org/10.1111/peps.12559
Huffman, A. H., Casper, W. J., & Payne, S. C. (2013). How does spouse career support relate to employee turnover? Work interfering with family and job satisfaction as mediators. Journal of Organizational Behavior, 35(2), 194–212. https://doi.org/10.1002/job.1862
IBGE - Agência de Notícias. (2019). Mulheres dedicam mais horas aos afazeres domésticos e cuidado de pessoas, mesmo em situações ocupacionais iguais a dos homens. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/24266-mulheres-dedicam-mais-horas-aos-afazeres-domesticos-e-cuidado-de-pessoas-mesmo-em-situacoes-ocupacionais-iguais-a-dos-homens
IBGE - Agência de Notícias. (2021). Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil. IBGE | Biblioteca | Detalhes. https://www.ibge.gov.br
IBGE. (2023). Pesquisa Nacional por amostra de domicílio PNAD: Outras formas de trabalho 18, agosto, 2022. Em 2022, mulheres dedicaram 9,6 horas por semana a mais do que os homens aos afazeres domésticos ou ao cuidado de pessoas. https://agenciadenoticias.ibge.gov.br
Kara, S. B. K., Günes, D. Z., & Tüysüzer, B. S. (2021). Work-family conflict during working from home due to pandemic: A qualitative research on female teachers. International Journal of Curriculum and Instruction, 13(1), 251–273.
Kurowska, A. (2018). Gendered effects of home-based work on parents’ capability to balance work with non-work: Two countries with different models of division of labour compared. Social Indicators Research. https://doi.org/10.1007/s11205-018-2034-9
Lemos, A. H. D. C., Barbosa, A. D. O., & Monzato, P. P. (2020). Mulheres em home office durante a pandemia da COVID-19 e as configurações do conflito trabalho-família. Revista de Administração de Empresas, 60(6), 388–399. https://doi.org/10.1590/s0034-759020200603
Liu, Z., & Hong, L. (2023). Work–family conflict and mental health among Chinese female healthcare workers during the COVID-19 pandemic: The moderating effects of resilience. Healthcare, 11(12), 1696. https://doi.org/10.3390/healthcare11121696
McMillan, H. S., Morris, M. L., & Atchley, E. K. (2010). Constructs of the work/life interface: A synthesis of the literature and introduction of the concept of work/life harmony. Human Resource Development Review, 10(1), 6–25. https://doi.org/10.1177/1534484310384958
Mendes, D. C., Filho, H. N. H., & Tellechea, J. (2020). A realidade do trabalho home office na atipicidade pandêmica. Revista Valore, 5(0), 160–191. https://doi.org/10.22408/reva502020655160-191
OIT. (2021). Ferramenta virtual para conciliação família-trabalho destinada a empresas da América Latina e Caribe. Www.ilo.org. https://www.ilo.org/brasilia/noticias/WCMS_812291/lang--pt/index.htm
OIT. (2023). OIT: desigualdades de gênero no emprego são maiores do que se pensava. ONU News. https://www.onunews.org
Oliveira, L. B. de, Cavazotte, F. de S. C. N., & Paciello, R. R. (2013). Antecedentes e consequências dos conflitos entre trabalho e família. Revista de Administração Contemporânea, 17(4), 418–437. https://doi.org/10.1590/s1415-65552013000400003
ONU Mulheres. (2020). COVID-19: Emerging gender data and why it matters. UN Women Data Hub. https://data.unwomen.org/resources/covid-19-emerging-gender-data-and-why-it-matters
Peters, P., & Blomme, R. J. (2019). Forget about “the ideal worker”: A theoretical contribution to the debate on flexible workplace designs, work/life conflict, and opportunities for gender equality. Business Horizons, 62(5), 603–613. https://doi.org/10.1016/j.bushor.2019.04.003
Pontes, T. L. D., & Dinis, A. R. L. (2022). When the doors open: Implications of COVID-19 and the work-family interface for women entrepreneurs. Revista Organizações em Contexto, 18(36), 225-251.
Powell, G. N., & Greenhaus, J. H. (2010). Sex, gender, and decisions at the family → work interface. Journal of Management, 36(4), 1011–1039. https://doi.org/10.1177/0149206309350774
Rocha, C. T. M. da, & Amador, F. S. (2018). O teletrabalho: conceituação e questões para análise. Cadernos EBAPE.BR, 16(1), 152–162. https://doi.org/10.1590/1679-395154516
Scheiner, J. (2014). Gendered key events in the life course: Effects on changes in travel mode choice over time. Journal of Transport Geography, 37, 47–60. https://doi.org/10.1016/j.jtrangeo.2014.04.007
SOBRATT. (2020). Resultados Pesquisa home office. https://www.sobratt.org.br/17122020-resultados-pesquisa-home-office-2020/
Spasiani, G., Silva, F., Júnior, E., & Feijó, M. (2023). Implicações do home office para o conflito trabalho-família: Consequências para trabalhadores e organizações. UNIFUNEC CIENTÍFICA MULTIDISCIPLINAR, 12, 1-14.
Spurk, D., & Straub, C. (2020). Flexible employment relationships and careers in times of the COVID-19 pandemic. Journal of Vocational Behavior, 119, 103435. https://doi.org/10.1016/j.jvb.2020.103435
Tremblay, D. (2002). Balancing work and family with telework? Organizational issues and challenges for women and managers. Women in Management Review, 17(3/4), 157–170. https://doi.org/10.1108/09649420210425309
Zhang, S., Moeckel, R., Moreno, A. T., Shuai, B., & Gao, J. (2020). A work-life conflict perspective on telework. Transportation Research. Part A, Policy and Practice, 141, 51–68. https://doi.org/10.1016/j.tra.2020.09.007
##submission.downloads##
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
A Revista usa o CC BY. Essa licença permite que outras pessoas distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam seu trabalho, mesmo comercialmente, desde que sejam creditadas pela criação original. Essa é a licença mais flexível oferecida. Recomendado para máxima disseminação e uso de materiais licenciados.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), sempre com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
A Revista ulitiliza o DOI (Digital Object Identifier ) desde 2007 O DOI com a finalidade de autenticar cada artigo, portanto seu conteúdo digital.
