Isomorfismo em ação

Práticas nos núcleos de controle interno de órgãos estaduais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12712/rpca.v18i4.64521

Resumo

Este estudo analisou isomorfismo coercitivo, mimético e normativo em núcleos de controle interno. A pesquisa qualitativa, com entrevistas semiestruturadas de dez servidores e análise via Atlas Ti, revelou que o controle social cultural foi o principal motor do isomorfismo coercitivo. O isomorfismo mimético ocorreu por influência da Controladoria Geral do Estado, mediante eventos e boas práticas. No isomorfismo normativo, observou-se falta de organização e vínculos com associações profissionais, sugerindo um decoupling significativo. Os achados oferecem insights para gestores sobre como pressões moldam práticas de controle e sugerem que uma melhor integração e definição de normas pode melhorar a gestão pública.

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Biografia do Autor

Fernando Laerte Miranda de Carvalho, Universidade Federal do Piauí

Mestre em Administração Pública (PROFIAP - UFPI), Especialista em Engenharia de Software (ESTÁCIO - CEUT), Graduado em Ciências Contábeis (UFPI) e Ciências da Computação (UESPI), Brasil. Servidor público no cargo de Auditor Governamental da Controladoria-Geral do Estado do Piauí.

Evangelina da Silva Sousa, Universidade Federal do Piauí

Doutora em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará. Mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente - Rede Prodema-UFPI. Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas. Graduada em Ciências Contábeis pela Faculdade Novaunesc e em Administração pela Universidade Federal do Piauí.

Luis Eduardo Brandão Paiva, Universidade de Pernambuco

Pós-Doutor em Administração pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE). Doutor em Administração e Controladoria pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Administração e Controladoria pela UFC e Graduado

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Publicado

2024-12-17

Edição

Seção

Artigos/Papers