A visualidade háptica no cinema de poesia de Joel Pizzini

Autores

  • Bárbara Bergamaschi Novaes

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.1727.135-149

Palavras-chave:

cinema experimental, imagem háptica, materialidade, pós-hermenêutica, cinema de poesia

Resumo

Através de uma breve análise dos curta-metragens: Glauces - Estudo de um Rosto (2001) e Enigma de um Dia (1996) do diretor Joel Pizzini procura-se pensar as materialidades da comunicação dentro de uma corrente pós-hermenêutica. No contexto de cena ampliada e do cinema expandido que se configura a partir do trânsitos e diversidade de suportes, dispositivos e experiências, e nas multiplicidades temporais fragmentarias, vislumbramos os filmes de Pizzini como potências sensoriais e afetivas, nos focando em suas forças poéticas e plásticas, mais do que na narração ou em seus aspectos linguísticos. Para tal iremos nos utilizar das ideias presentes no livro “The Skin of the Film” da americana Laura Marks (2000), principalmente do conceito de percepção háptica - de uma percepção do olho que vê mas também toca- .descrita por autores tais como Jacques Aumont (2004) e Deleuze e Guatarri (2005) para analisar suas obras cinematográficas.

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Como Citar

Novaes, B. B. (2018). A visualidade háptica no cinema de poesia de Joel Pizzini. REVISTA POIÉSIS, 17(27), 135-149. https://doi.org/10.22409/poiesis.1727.135-149