Na presença do vazio há algo que se escreve

Autores

  • Vanessa Santos

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.1626.235-239

Palavras-chave:

vazio, ausência, invisibilidade

Resumo

Em O Inquilino obra de Cao Guimarães e Rivane Neuenschwander tem-
-se uma bolha como protagonista. Por vezes, ela afirma a sua própria invisibilidade ao percorrer os espaços vazios de uma casa durante o tempo de duração do vídeo, sem nunca estourar. Este texto parte da obra de Cao e Rivane para refletir sobre questões como a ideia de vazio e ausência, tecendo breves paralelos com o teórico Michel de Certeau em A invenção do cotidiano. A necessidade de ter o espaço circunscrito por algo tão frágil e delicado como é a natureza da própria bolha dialoga com a ideia de uma presença constante de algo que nunca se concretiza
completamente, é da ordem de uma ausência ou de um esquecimento. Como se houvesse uma apropriação do lugar em si feita pela própria bolha, constitui-se como uma lembrança que insiste em retornar assumindo o lugar de uma falta que parece estar sempre ali presente entre um cômodo e outro e por todo o tempo de duração do vídeo.

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Referências

ANJOS, Moacir dos. GUIMARÃES, Cao. Cao Guimarães. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

CERTEAU, Michel de. A Invenção do cotidiano: Artes de fazer/Michel de Certeau; 19.ed. Tradução de Ephraim Ferreira Alves. –

Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

<http://www.caoguimaraes.com/> Acesso em fevereiro de 2015.

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Como Citar

Santos, V. (2018). Na presença do vazio há algo que se escreve. REVISTA POIÉSIS, 16(26), 235-239. https://doi.org/10.22409/poiesis.1626.235-239

Edição

Seção

ARTIGOS