A arte da lata: uma crítica à estética da “gambiarra” ou como tecer uma análise crítica sem utilizar os discursos da precariedade e da provisoriedade
DOI:
https://doi.org/10.22409/poiesis.1625.215-229Palavras-chave:
estudos pós-coloniais, crítica de arte, identidade culturalResumo
O presente artigo tem como eixo conceitual uma breve revisão crítica do uso de termos como “precariedade”, “provisoriedade” e “gambiarra” disseminados pela crítica de arte oficial para caracterizar um conjunto de obras de arte contemporânea cuja materialidade dialoga com o uso de materiais considerados não-nobres. Através de uma abordagem pós-colonialista e tomando como estudo de caso uma série de obras do artista visual Raimundo Rodriguez, em que o uso de materiais descartados como latas de tintas servem de matéria-prima fundamental para a construção de inúmeros objetos, tornar-se-á visível os limites e problemas conceituais levantados pelos termos mencionados.
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