A crítica renovada de Brasília na obra de Rubens Mano

Autores

  • Tatiana Sampaio Ferraz Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.1931.15-38

Palavras-chave:

projeto moderno, Brasília, arte contemporânea, Rubens Mano

Resumo

A profecia de Stefan Zweig que deu nome ao livro Brasil, um país do futuro, de 1941, parece ter relampejado em poucos momentos na história do país, sendo o mais conhecido deles a construção de Brasília. Apesar de não ter superado o atraso civilizatório do passado colonial, o imaginário da vocação moderna do Brasil como uma nação voltada para o futuro está impregnado por toda parte. Desde os anos 1960, a arte brasileira tem se debruçado na revisão do projeto moderno, especialmente Brasília, sob diferentes aspectos: o projeto original de Lucio Costa; a imagem icônica de seus edifícios monumentais; a escuta de vozes dissonantes, como a dos candangos; até o tipo de sociabilidade que ela teria produzido. Na perspectiva de uma crítica renovada, que busca compreender nossa história moderna e suas contradições, o artigo analisa a obra futuro do pretérito, de Rubens Mano, exemplar de uma prática artística interessada na problematização de certos construtos modernos sedimentados desde então.

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Biografia do Autor

Tatiana Sampaio Ferraz, Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais

Tatiana Sampaio Ferraz é Doutora em História da Arquitetura e do Urbanismo pela FAU-USP e Docente do curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais.

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Publicado

2018-10-26

Como Citar

Ferraz, T. S. (2018). A crítica renovada de Brasília na obra de Rubens Mano. REVISTA POIÉSIS, 19(31), 15-38. https://doi.org/10.22409/poiesis.1931.15-38