Fronteiras e compartilhamentos

Autores

  • Sheila Cabo Geraldo Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.1931.99-116

Palavras-chave:

fronteira, compartilhamento, exterioridade

Resumo

Para atravessar a produção de João Modé, este ensaio considera o espaço de fronteira como ponto de origem. (BENJAMIN, 2006) Aqui a fronteira, seja geográfica, geopolítica ou simbólica, constitui um plano de exterioridades, para além dos limites – a linha de fronteira – e admite uma pluralidade de territórios, cujas identidades são sempre ultrapassadas. As fronteiras, como escreveu Deleuze (1994), são lugares de excesso, transbordamento e mutação. São zonas de deslizamentos e de alianças. Nessa topografia de correspondências e atravessamentos é que se constituem as comunidades flutuantes intercidades, em que predominam os compartilhamentos, especialmente no campo da arte e da cultura.

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Biografia do Autor

Sheila Cabo Geraldo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Sheila Cabo Geraldo atua como historiadora, teórica e crítica de arte. Coordena o Grupo de Pesquisa ESCRITA: arte, história, crítica e é professora do Programa de Pós-Graduacão em Artes da UERJ e da graduação em História da Arte do Instituto de Artes da UERJ. Publicou Trânsito entre Arte e Política (2012) e Fronteiras: arte, história e crítica (2014).

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Publicado

2018-10-26

Como Citar

Geraldo, S. C. (2018). Fronteiras e compartilhamentos. REVISTA POIÉSIS, 19(31), 99-116. https://doi.org/10.22409/poiesis.1931.99-116