Design-antropofagia: só me interessa o que não é meu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.2033.183-200

Palavras-chave:

design, antropofagia, design-anthropology, arte-ciência nômade

Resumo

Em 1929 era lançada a primeira edição da Revista de Antropofagia afirmando que “a antropofagia não tem orientação ou qualquer forma de pensamento: só tem estômago.” A proposta segue de extrema atualidade. Neste artigo serão aproximadas a Antropofagia de Oswald de Andrade e uma arte-ciência nômade inspirada em Deleuze e Guattari que vem sendo experimentada no Laboratório de Design e Antropologia da Esdi/UERJ. Como o trajeto é longo, faremos três paradas: a primeira para debater os emaranhamentos universidade-sociedade, a segunda para observar a constituição de um design em campo e entre campos na cidade e a terceira para se aproximar de um design-devir com outros. Ao final do percurso pretendemos apresentar algumas armadilhas de um multiculturalismo que se afasta da multiplicidade.

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Biografia do Autor

Barbara Szaniecki, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Barbara Szaniecki é doutora em Design pela PUC-Rio. É Professora Adjunta da Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e Pesquisadora do Laboratório de Design e Antropologia (Esdi/UERJ).

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Como Citar

Szaniecki, B. (2019). Design-antropofagia: só me interessa o que não é meu. REVISTA POIÉSIS, 20(33), 183-200. https://doi.org/10.22409/poiesis.2033.183-200