O olho atrapalha

Autores

  • Ernesto Neto Artista independente
  • Luiz Guilherme Vergara Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.2033.105-120

Palavras-chave:

povo huni kuin, ayahuasca, arte contemporânea, espiri-tualidade

Resumo

A trajetória do Neto é contada pelo próprio artista com especial foco no seu projeto de “indigenização da vida”, na definição de Els Lagrou, antropó-loga e professora da UFRJ. A multissensorialidade de seus ambientes radicaliza o sentido público da arte como espaço de convivialidade e reencantamento. Além de atrair públicos de todas as idades, suas obras refletem um posiciona-mento político e ético legitimado pela total imersão e acolhimento de uma ou-tra sabedoria de vida, fora da razão ocidental junto aos rituais do povo huni kuin, no Acre. Nesta entrevista, Neto aborda um pouco do seu deslocamento ou até mesmo distanciamento de um regime de valores centrados no consumo da produção artística para discutir visões e preocupações ambientais, econô-micas e espirituais que entrecruzam os povos originais, as florestas e as ame-aças atuais geradas por um governo dominado pelo capital.

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Biografia do Autor

Ernesto Neto, Artista independente

Ernesto Neto, artista multimídia carioca, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Tem realizado inúmeras exposições no circuito internacional de arte contemporânea e seu trabalho integra as coleções de alguns dos principais mu-seus de arte no Brasil e no exterior.

Luiz Guilherme Vergara, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

Luiz Guilherme Vergara é professor associado do Departamento de Arte e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da UFF. É cofundador do Instituto MESA e coeditor da Revista MESA.

Referências

Entrevista (sem referências)

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Como Citar

Neto, E., & Vergara, L. G. (2019). O olho atrapalha. REVISTA POIÉSIS, 20(33), 105-120. https://doi.org/10.22409/poiesis.2033.105-120