Destempo
DOI:
https://doi.org/10.22409/poiesis.v20i34.36376Resumo
O presente texto reflete sobre a fotografia como destempo, que tomo emprestado – palavra e sentido – do escritor João Guimarães Rosa. Rosa usa destempo no romance “Grande Sertão Veredas” e no conto “Sota e Barla”, do livro “Tutaméia”. Destempo é aqui pensado como ponto ou instante, mas com duração, mesmo que mínima, suficiente para dividir esse ponto/instante/destempo em arquivo e rastros fantasmais. Para discorrer sobre isso, a autora recorre à recente palestra de Serge Margel, na qual falou sobre o filme de Chris Marker, La Jetée, “Do spectrum ao speculum – La Jetée de Chris Marker e a montagem contrafactual”; e à entrevista de Jacques Derrida, “Copy, archive, signature: a conversation on photography”, relacionados à ideia de presentidade de Robert Morris. Para a autora, a fotografia produz o outro onde ele não está, no destempo do ponto ou do instante.
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