Histórias críticas da fotografia nas Amazônias e arte é resistência decolonial
DOI:
https://doi.org/10.22409/poiesis.v22i37.47236Palavras-chave:
Amazônia paraense, exotificação e sexualização de corpos indígena, História Crítica da FotografiaResumo
Este artigo pretende, a partir de relatos e reescritas, pensar sobre percursos das histórias da fotografia nas suas relações entre ética e uso da imagem e apropriação de histórias, na tentativa de repensar a relação de poder constituída a partir de um ponto de vista na história da imagem, partindo da Amazônia paraense como lugar de reflexão. Este texto tem a colaboração de Izabelle Louise Anaúa Tremembé, estudante indígena da Universidade Federal de Ceará (UFC), que fez um relato sobre a cultura da apropriação, da exotificação dos objetos sagrados e sexualização dos corpos femininos, assim como, em sua fala, ela afirma a ausência de conhecimento acerca de seus rituais e, ainda, que a autonomia dos povos indígenas em fazer arte sempre existiu. Os relatos foram articulados no encontro entre professores e produtores de fotografia e cinema em Alcântara/MA, em abril de 2019.
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