o silêncio contém o tempo
DOI:
https://doi.org/10.22409/poiesis.v24i41.59033Resumo
Segundo Jacques Rancière (2012) todas as imagens possuem uma potência que decorre da sua dupla condição de “presença sensível bruta” e de “discurso cifrando uma história” (p. 20). Tal condição opera um regime próprio que articula o visível e o dizível, de maneira que se vê além do mostrado e se pensa, deduz e fala mesmo sem que hajam palavras ou legendas a restringir a potência de expressão da imagem. Da articulação entre o visto e o dito se impõe uma narrativa visual. Todavia, o encanto da série fotográfica a seguir deriva do quanto o mostrado, os referentes de uma paisagem, impõem o silêncio, que não evita o pensar, o deduzir e mesmo o falar, contudo, o mote deste silêncio convoca um tempo distante, um tempo do qual nada se tem a dizer. Há apenas a sensação que “houve”. O que? Não importa.
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Referências
RANCIÈRE, Jacques. O destino das Imagens. Tradução Mônica Costa Netto; organização Tadeu Capistrano. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
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