É A MESMA VELHA HISTÓRIA
DOI:
https://doi.org/10.22409/poiesis.v24i42.60190%20Resumo
Essas pinturas fazem parte de uma série que é um pastiche da tradição estadunidense dos Retábulos. Os Retábulos convencionais apresentavam narrativas de deuses e de santos cristãos em um reino milagroso. Eles eram pintados em folhas de estanho de baixo custo, o que permitia uma maior taxa de produção e uma distribuição mais ampla do produto. As pequenas pinturas eram objetos sagrados cujos usos variavam desde a conversão de povos indígenas ao Cristianismo a objetos preciosos de devoção para os fiéis.
Nessas pequenas pinturas de 20,32 x 20,32 cm, expandi o escopo da narrativa para além dos limites de um tropo de deidade/santo para abraçar um elenco mais amplo de personagens capazes de tratar do milagroso
e do mundano. Eles fazem referência a ideias sobre mitos de criação, evolução, mortalidade, sexo, nascimento, morte, gênero, contos de fadas e uma variedade de construções binárias, todas existentes em um mundo fálico. Nessa série, é fácil encontrar um ursinho de pelúcia flutuante como substituto do Arcanjo Gabriel trazendo a mensagem da anunciação para Maria, que pode estar sentada ao lado do Príncipe Sapo esperando para ser redimido por uma princesa. Na verdade, essas duas histórias podem compartilhar o mesmo conteúdo sobre consentimento, além de finais inesperados. Vejo essas pinturas como uma colaboração entre mim e o espectador, na qual eu forneço oportunidades narrativas, enquanto o espectador constrói uma história.
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Copyright (c) 2023 Gerry Snyder
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