“Barroquinha te chama”: Caminhada sonora e reterritorialização de povos afro-diaspóricos na Bahia Oitocentista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.v21i35.38683

Palavras-chave:

tradições orais, memória, decolonialidade

Resumo

Este artigo apresenta um trabalho de pesquisa artística realizado no centro histórico de Salvador e integra o projeto de extensão “Mapeando Fantasmas na Cidade de São Salvador”, que promove ações artísticas em territórios físicos e simbólicos em luta contra processos de invisibilização ou de apagamento. Nos focaremos aqui especificamente na caminhada sonora “Barroquinha te chama”, que relaciona tradições orais, modos de produção de subjetividades dissidentes e resistências na diáspora africana na Bahia. As questões trazidas por esse trabalho se inserem na perspectiva de uma arqueologia de mídias, na medida em que entendem corpo e oralidade como mídias que reterritorializam a memória no exílio.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paola Barreto Leblanc, Universidade Federal da Bahia, Brasil

Paola Barreto é artista e pesquisadora, doutora em artes visuais e desde 2017 Professora de Artes, Estéticas e Materialidades no IHAC / UFBA, onde lidera o grupo de pesquisa Balaio Fantasma. 

Lucas Brasil Vaz Amorim, Universidade Federal da Bahia, Brasil

Lucas Brasil Vaz Amorim é artista-pesquisador, graduando do Bacharelado Interdisciplinar em Artes da UFBA e graduando em Psicologia pela Faculdade Social da Bahia.

Referências

CASTILLO, Lisa. Bamboxê Obitikô e a expansão do culto aos orixás (século XIX): uma rede religiosa afroatlântica. Tempo, [s.l.], v. 22, n. 39, p. 126-153, abr. 2016.

COSTA, Ana de Lourdes Ribeiro da. Ekábo: Trabalho escravo, condições de moradia e reordenamento urbano em Salvador no século XIX. 1989. 260 f. Dissertação (Mestrado), Curso de Arquitetura, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1989. Cap. 3.

LEBLANC, Paola Barreto. Fantasmagorias Coloniais. In SILVA, Monica (Org). Dramaturgias do real. Belo Horizonte: Impressões de Minas, 2019. p. 44-58.

LEVI-STRAUSS, Claude. L'efficacité symbolique. In Anthropologie structurale. Paris: Plon, 1958, p. 205-26.

LORDE, Audre. Self-Definition Is My Poetry. In BYRD, Rudolph; COLE, Johnneta; GUY-SHEFTHAL, Beverly (Ed.). I Am Your Sister: Collected and Unpublished Writings of Audre Lorde. Nova York: Oxford University Press, 2009.

PINHEIRO, Érika do Nascimento. Candomblé nagô de Salvador: identidade e território no Oitocentos. In ANPUH – XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 25, 2009, Fortaleza. Anais... Fortaleza: Anpuh, 2009, p. 1-10.

SANTOS, Edmar Ferreira. Os batuques da cidade: celebrações negras e ideias de civilização. In SANTOS, Edmar Ferreira. O poder dos candomblés: Perseguição e resistência no recôncavo da Bahia. Salvador: Edufba, 2009, Cap. 1, p. 33-63.

SANTOS, Isis Freitas dos. “Gosta dessa baiana?” Crioulas e outras baianas nos cartões postais de Lindemann (1880-1920). Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Salvador, 2014.

SILVEIRA, Renato da. O candomblé da Barroquinha: Processo de constituição do primeiro terreiro baiano de ketu. Salvador: Edições Maianga, 2006.

SOARES, Cecilia C. M. As Ganhadeiras: Mulher e Resistência Negra em Salvador no Século XIX. Revista Afro-Ásia, Salvador, v. 17, p. 57-71, 1996.

Downloads

Publicado

2020-01-09

Como Citar

Leblanc, P. B., & Amorim, L. B. V. (2020). “Barroquinha te chama”: Caminhada sonora e reterritorialização de povos afro-diaspóricos na Bahia Oitocentista. REVISTA POIÉSIS, 21(35), 263-278. https://doi.org/10.22409/poiesis.v21i35.38683