Destempo

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.v20i34.36376

Resumen

O presente texto reflete sobre a fotografia como destempo, que tomo emprestado – palavra e sentido – do escritor João Guimarães Rosa. Rosa usa destempo no romance “Grande Sertão Veredas” e no conto “Sota e Barla”, do livro “Tutaméia”. Destempo é aqui pensado como ponto ou instante, mas com duração, mesmo que mínima, suficiente para dividir esse ponto/instante/destempo em arquivo e rastros fantasmais. Para discorrer sobre isso, a autora recorre à recente palestra de Serge Margel, na qual falou sobre o filme de Chris Marker, La Jetée, “Do spectrum ao speculumLa Jetée de Chris Marker e a montagem contrafactual”; e à entrevista de Jacques Derrida, “Copy, archive, signature: a conversation on photography”, relacionados à ideia de presentidade de Robert Morris. Para a autora, a fotografia produz o outro onde ele não está, no destempo do ponto ou do instante.

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Biografía del autor/a

Elisa de Magalhães, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil

Pós-doutoranda em filosofia PPDG/UFRJ, Pós-doutora em Artes pelo PPGCA/UFF, professora no AVE/EBA/UFRJ e no PPGAV/EBA/UFRJ.

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Publicado

2019-11-16

Cómo citar

Magalhães, E. de. (2019). Destempo. REVISTA POIÉSIS, 20(34), 327-338. https://doi.org/10.22409/poiesis.v20i34.36376