Efeito da casca de banana na dieta de vacas em lactação sobre as características do leite e do queijo Minas frescal
Mots-clés :
bananicultura, características físico-químicas, processamento, subprodutosRésumé
Objetivou-se avaliar qualidade do leite e do queijo Minas frescal produzido do leite de vacas alimentadas com inclusão da casca de banana seca ao sol, com ou sem adição de agentes químicos durante o processo de secagem. Foram utilizadas oito vacas F1 Holandês x Zebu, em dois quadrados latinos 4 x 4, com as seguintes dietas experimentais: dieta convencional com silagem de sorgo sem a inclusão da casca de banana (controle); dieta com inclusão da casca de banana seca ao sol em substituição de 20% da silagem de sorgo; dieta com inclusão da casca de banana seca ao sol com 2% de calcário em substituição de 20% da silagem de sorgo; dieta com inclusão da casca de banana seca ao sol com 2% de óxido de cálcio em substituição de 20% da silagem de sorgo. As amostras de leite de cada vaca foram coletadas e analisadas quanto aos teores de gordura, proteína, lactose, cinzas, sólidos totais e extrato seco desengordurado. Após esta etapa, foi realizada a elaboração de queijo Minas frescal, sendo verificados rendimento, textura, acidez titulável, pH, proteína, teor de umidade, gordura, resíduo mineral fixo, extrato seco total e realizado o teste de aceitação pelo consumidor. A composição química do leite e do queijo não apresentou influência das dietas com casca de banana. Entretanto, o rendimento ajustado para produção de queijo foi estatisticamente inferior com as dietas contendo casca de banana tratada com os aditivos químicos. Quanto à aceitação geral dos queijos pelos consumidores, não houve diferenças entre os tratamentos. Desse modo, a utilização de casca de banana seca ao sol sem aditivos químicos em substituição parcial à silagem de sorgo na dieta de vacas em lactação pode ser uma alternativa viável para produção e processamento do leite, mantendo a qualidade do produto.