Ocorrência do gene da toxina da síndrome do choque tóxico em Staphylococcus spp. isolados de leite de vacas com mastite e de leite cru refrigerado
Mots-clés:
PCR, superantígeno, tst-1, fator de virulênciaRésumé
Avaliou-se a presença do gene (tst-1) para Toxina da Síndrome do Choque Tóxico-1 (TSST-1), utilizando-se a técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em um total de 264 Staphylococcus spp. isolados de leite. Desses, 221 eram Staphylococcus aureus, 33 Staphylococcus coagulase negativo (SCN) e 10 Staphylococcus coagulase positivo (SCP). As amostras eram oriundas de vacas com mastite (n=96) e de leite cru refrigerado (n=168), coletadas de 46 e 22 propriedades, respectivamente. As amostras foram coletadas de rebanhos localizados em diferentes regiões dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Observou-se produto de amplificação (250 pares de base-pb) na reação de PCR para tst-1 em sete amostras (2,6%), sendo todas as estirpes identificadas como Staphylococcus aureus isoladas de leite cru refrigerado. Embora sua detecção nos isolados não signifique que o mesmo será expresso, o monitoramento de estirpes bacterianas potencialmente produtoras torna-se importante como forma de realizar um levantamento epidemiológico e controle dos rebanhos leiteiros brasileiros, uma vez que esse gene está associado com elementos genéticos móveis, implicando em uma possível transferência horizontal de genes para outras bactérias. Além disso, a presença desses genes tem sido associada com a presença de genes para enterotoxinas estafilocócicas, o que pode implicar no aumento da patogenicidade dos isolados bacterianos e um potencial risco à saúde pública.