“Todos os nomes”, de José Saramago: um texto entre dobras
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v2i3.29805Palavras-chave:
José Saramago, Barroco, dobraResumo
Este texto se propõe desenvolver uma análise sobre a presença de traços do barroco no romance Todos os Nomes, de José Saramago. Para isso, serão utilizadas, sobretudo, reflexões de Gilles Deleuze, em sua obra A Dobra: Leibniz e o Barroco, em que, além da questão da dobra infinita e de seus respectivos desdobramentos, aborda-se a questão do movimento do indivíduo e da liberdade do ato voluntário, que conduzem ao ato acabado, bem como a questão do homem inacabado e da imutabilidade dos conceitos impostos pelo poder, características presentes no século do Barroco e também perceptíveis em nossa sociedade contemporânea. Por outro lado, o trabalho busca evidenciar a técnica narrativa do romance, relacionando-a ao tema da aventura cotidiana e do anti-herói moderno, como também à carnavalização da literatura, utilizando-se de alguns conceitos desenvolvidos por Mikhail Bakhtin.
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