O olhar saturnino de António Lobo Antunes em “Que farei quando tudo arde?”
DOI:
https://doi.org/10.22409/abriluff.v2i3.29806Palavras-chave:
romance português contemporâneo, António Lobo Antunes, neobarrocoResumo
Este artigo propõe uma articulação de teorias sobre o barroco e o neobarroco, relacionando-as às experiências estéticas da cultura ocidental e ao romance português contemporâneo. O motivo da melancolia como tema e como procedimento de escrita é retomado, considerando-se a meditação saturnina observada na gravura de Dürer, Melancolia, entendida por João Adolpo Hansen como a “alegoria do conhecimento finito”, cuja contemplação se destina aos objetos que se assemelham às ruínas. O culto barroco das ruínas pode ser compreendido através do “fragmento significativo”, isto é, do estilhaço que, de acordo com a ótica benjaminiana, “é a matéria mais nobre da criação barroca”. É essa contemplação das coisas que se quer investigar na contemporaneidade, a partir das personagens de António Lobo Antunes, enfatizando o olhar melancólico de Paulo - personagem do romance Que farei quando tudo arde? –, imerso num ambiente familiar onde não se identifica, consciente da sua fragilidade diante da vida e atormentado com a idéia da morte.
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